Projeto que escaneia íris é suspenso após órgão do governo proibir pagamentos
Em comunicado enviado à imprensa, a Tools for Humanity disse que "respeita a decisão da ANPD
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Após repercussão polêmica do projeto World, que escaneia a íris da população em troca de criptomoedas, a Tools for Humanity, empresa responsável pela ação no Brasil, anunciou nesta terça-feira (11/2), a suspensão das atividades, após a ANPD (Agência Nacional de Proteção de Dados) negar o recurso que pedia o adiamento da determinação de fim dos “incentivos financeiros” para o registro de íris por usuários.
Em comunicado enviado à imprensa, a Tools for Humanity disse que “respeita a decisão da ANPD.
“Como a ANPD está ciente, será necessário tempo para cumprir com a sua ordem. Para permitir que o World conclua as mudanças em coordenação com a ANPD e garanta conformidade durante esse processo, estamos voluntariamente e temporariamente pausando o serviço de verificações”.
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Inicialmente, a ordem da ANPD era para suspender apenas a oferta de criptomoedas para os usuários em troca do fornecimento dos dados biometricos da íris, criptomoedas estas que estavam sendo convertidas em até R$ 600.
A Tools for Humanity informou que “os espaços físicos do World permanecerão abertos para fornecer educação e informações ao público e pedimos desculpas por qualquer inconveniente aos que desejavam se juntar ao World agora”.
“O World segue seu compromisso em cumprir com as leis nos mercados onde opera e continuará trabalhando para garantir transparência e entendimento público desse serviço essencial, que busca aumentar a segurança e confiança online na era da IA”, destacou.
A empresa chegou a entrar com um recurso pedindo um adiamento da decisão da ANPD do dia 24 de janeiro, que suspendia a distribuição de criptomoedas. No entanto, o órgão fiscalizador negou o pedido, afirmando que a compensação era uma “interferência indevida” que influenciava usuários a ceder dados sensiveis. Foi avaliado ainda, que o “tratamento de dos pessoais realizado pela empresa se revelou particularmente grave”.
Além do Brasil, o projeto também foi suspenso em Portugal e na Espanha, e também foi alvo de investigação em paises como França, Coreia do Sul e Argentina.
O principal motivo é a preocupação em torno dos dados biométricos cedidos pelos usuários. Dados de íris são imutáveis, e portanto extremamente sensíveis, com potencial prejuízo de longo prazo para os usuários em caso de vazamento.
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