Alckmin afirma que governo quer solucionar tarifaço dos EUA até 31 de julho
Governo mantém diálogo para evitar impactos das tarifas americanas a partir de agosto
O vice-presidente Geraldo Alckmin informou nesta terça-feira (15/7) que o governo brasileiro pretende resolver, até o fim de julho, o impasse sobre as tarifas que os Estados Unidos vão cobrar sobre produtos brasileiros. Essas tarifas, anunciadas pelo presidente americano Donald Trump, começarão a valer em 1º de agosto e afetam principalmente a indústria e o agronegócio.
O governo brasileiro não planeja pedir aos EUA que adiem a aplicação desses impostos, mesmo com pedidos dos empresários para ampliar o prazo. “O prazo é curto e eles pediram mais tempo, mas a ideia do governo é resolver até o dia 31 e não pedir adiamento”, explicou Alckmin após reuniões com representantes dos setores mais impactados.
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Foram duas reuniões realizadas hoje: uma pela manhã com empresários da indústria e outra à tarde com exportadores do agronegócio. Durante o encontro com o setor rural, o presidente da Associação Brasileira de Carne Bovina (Abiec), Roberto Perosa, informou que alguns frigoríficos já pararam a produção destinada aos EUA, pois cerca de 30 mil toneladas de carne, valor estimado entre 150 e 160 milhões de dólares, já estão nos portos ou a caminho do país norte-americano.
Além disso, Alckmin confirmou que, na quarta-feira (16/7), vai se reunir com a Câmara Americana de Comércio (Amcham) para tentar convencer representantes dos Estados Unidos de que a medida prejudica também o consumidor americano. Segundo ele, a economia brasileira e a americana estão interligadas, e as tarifas podem causar perdas para ambos os lados.
Desde abril, os EUA aplicam sobretaxas de 10% sobre alguns produtos brasileiros e 25% sobre o aço e o alumínio exportados ao país. O governo brasileiro já enviou uma carta confidencial com propostas de negociação, mas não recebeu resposta até agora. “Vamos enviar uma nova carta reforçando que estamos empenhados em resolver essa questão”, disse Alckmin.
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