Crise do IOF trava CPIs e deixa governo sem respostas para plano B
Enquanto Congresso pressiona para barrar aumento do IOF, governo admitiu que está sem alternativa

O governo Lula está enfrentando uma encruzilhada delicada. Para evitar um rombo bilionário nas contas públicas, a equipe econômica insiste que não há alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), como enfatizou o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, nesta quinta-feira (29/5): “Neste momento, não há alternativa ao IOF, e ele é imprescindível”.
Em entrevista coletiva para falar sobre o resultado das contas em abril, Ceron alertou que sem a arrecadação prevista de R$ 19,1 bilhões em 2025, programas como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e investimentos em Defesa podem ser impactados. Juntos, eles somam cerca de R$ 20 bilhões por ano.
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A situação gerou um impasse no Congresso, onde a medida foi mal recebida. Parlamentares articulam a derrubada do decreto que elevou o IOF sobre operações de crédito, câmbio e seguros, o que levou o governo a prometer alternativas em até 10 dias. O prazo foi dado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos/PB).
Além disso, a tensão em torno do IOF congelou outros debates no Congresso, como a análise dos 14 pedidos de CPIs pendentes, entre eles a investigação sobre supostas fraudes bilionárias no INSS. Hugo Motta já avisou que só vai examinar os requerimentos depois que a crise do IOF for resolvida.
Na noite desta quarta-feira (28/5), a cúpula do Congresso se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP). Eles discutiram a resistência parlamentar ao aumento do IOF e o impacto sobre a governabilidade. A equipe econômica justificou a necessidade da medida como forma de garantir o equilíbrio fiscal e a harmonia com a política monetária.
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