Evento do PL Mulher marca apoio a Michelle, mas Bolsonaro não comenta candidatura
Evento tem clima de campanha para ex-primeira-dama, enquanto Carla Zambelli é ignorada

O Partido Liberal (PL) promoveu um evento voltado às mulheres do partido que chamou atenção por diversos motivos, inclusive pelo silêncio sobre certos assuntos. Durante a cerimônia, organizada pelo PL Mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi destaque e recebeu elogios de aliados, que demonstraram apoio à sua presença política. Já o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, não comentaram a possibilidade de a ex-primeira dama se lançar candidata à Presidência em 2026.
Enquanto Michelle discursou, exaltando o papel feminino na política, uma ausência chamou atenção: a deputada Carla Zambelli, a mulher mais votada do partido nas eleições de 2022, sequer foi mencionada. Ela está atualmente foragida da Justiça brasileira, após ter a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por envolvimento em ataques ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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Zambelli está na Itália e pediu licença do mandato por 127 dias. No seu lugar, assumiu o deputado Coronel Tadeu (PL-SP). A parlamentar foi condenada a dez anos de prisão pela Primeira Turma do STF, e seu recurso ainda está em julgamento.
Mesmo sem confirmação oficial, o nome de Michelle tem sido cogitado como possível alternativa do PL para a eleição presidencial, já que Jair Bolsonaro está impedido de disputar cargos públicos até 2030. Apesar disso, nem ele nem Valdemar falaram sobre o assunto no evento.
Quem puxou o coro foi o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), líder da bancada na Câmara. Em seu discurso, ele fez um elogio direto à ex-primeira-dama: “Se Deus quiser, vamos conquistar a Presidência da República. Michelle, Deus tem muito para sua vida”. Michelle não respondeu à fala, mas antes já havia dito: “Uma mulher sábia edifica sua casa, mas uma multidão de mulheres sábias edificam uma nação”.
Além de Michelle, outras lideranças femininas do partido foram lembradas no encontro, como a vereadora Priscila Costa (vice-presidente do PL Mulher), a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, e a senadora Eudócia Caldas, que assumiu o mandato no Senado após a saída de Rodrigo Cunha para a prefeitura de Maceió.
No palco, Jair Bolsonaro preferiu focar no papel do Senado nas próximas eleições. Para ele, o controle da Casa é mais importante do que a própria presidência da República. “Com a maioria do Senado, ouso dizer, mandaremos mais que o próprio presidente”, afirmou. Ele também comentou brevemente que vai prestar depoimento ao STF na próxima semana sobre a investigação que apura tentativa de golpe nas eleições de 2022, mas não entrou em detalhes.
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