Frei Chico: na mira das investigações por fraude no INSS e irmão de Lula

No dia 23/4, quarta-feira, a Polícia Federal (PF) deflagou uma operação que investiga um esquema de desvio de dinheiro realizado por grupos sindicais em contas de aposentados e pensionistas. De acordo com a PF, ao menos dez sindicatos estariam envolvidos no esquema, dentre eles o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), dirigido por José Ferreira da Silva, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Frei Chico, diretor do SindnapiReprodução/Sindnapi

Deputado Sanderson (PL-RS)Reprodução/Câmara dos Deputados

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)Reprodução/Agência Brasil

Alessandro Stefanutto, presidente do INSSReprodução/Agência Brasil

INSS

Vinicius Marques de Carvalho, ministro da Controladoria-Geral da UniãoReprodução/Agência Brasil

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O Sindnapi foi alvo de busca e apreensão ainda na quarta-feira (23/4), mas nega todas as acusações de envolvimento em descontos ilegais. O Ministério da Previdência Social anunciou nesta sexta-feira (25/4) que todos os descontos realizados por centrais sindicais já foram bloqueados e que os aposentados e pensionistas lesados devem receber os valores de volta a partir de maio.

José Ferreira da Silva é conhecido como “Frei Chico” e atua como diretor vice-presidente do sindicato, mas até o momento o sindicalista não é listado pela PF como um dos alvos da operação, mesmo dirigindo o órgão que já integra a lista de investigados. A fraude no instituto desviou cerca de R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2023.

Com 84 anos e nascido em Pernambuco, Frei Chico é um dos 17 irmãos de Lula e teve contato com a pauta sindicalista através do presidente, ainda em 1964. Atualmente o sindicalista reside em São Caetano do Sul, São Paulo. De acordo com José, durante a ditadura militar foi alvo de repressão e chegou a ser preso, por integrar o Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Em 2019 José também esteve envolvido com investigações por corrupção, na ocasião o diretor do Sindnapi era alvo da Operação Lava-Jato, pelo recebimento de pagamentos da construtora Odebrecht entre 2003 e 2015. A ação acabou sendo rejeitada pelo pelo juiz Ali Mazloum.