Líder Supremo do Irã rompe silêncio após ataque dos EUA e ameaça Israel “Eu pulei, mas o balão subiu com quem não conseguiu”, diz piloto após acidente em SC
Líder Supremo do Irã rompe silêncio após ataque dos EUA e ameaça Israel “Eu pulei, mas o balão subiu com quem não conseguiu”, diz piloto após acidente em SC

Governo brasileiro condena ataques dos EUA contra o Irã: “danos irreversíveis”

Na visão da diplomacia brasileira, os ataques representam uma afronta à soberania do Irã e descumprem o que estabelece o direito internacional

Whatsapp telegram facebook twitter

          O Governo Lula manifestou repúdio neste domingo (22/6) aos bombardeios executados pelos Estados Unidos na noite de sábado (21/6) contra três unidades nucleares iranianas. O posicionamento foi publicado em nota oficial emitida pelo Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty.

          No comunicado, o governo brasileiro demonstrou grave preocupação com a intensificação dos confrontos no Oriente Médio e criticou, além das ações norte-americanas, os recentes bombardeios promovidos por Israel. Na visão da diplomacia brasileira, os ataques representam uma afronta à soberania do Irã e descumprem o que estabelece o direito internacional.

          Veja as fotos

          Reprodução /  Jose Cruz/ Agência Brasil
          Lula manda recado para Trump: "Se ele taxar o Brasil, terá reciprocidade"Reprodução / Jose Cruz/ Agência Brasil
          Reprodução/
          Reprodução/
          Foto: Ricardo Stuckert
          Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)Foto: Ricardo Stuckert
          Reprodução: YouTube/Canal Gov
          Discurso de Lula em Paris nesta quinta-feira (5/6) foi repleta de críticas a Bolsonaro e avisos sobre a regulação das redes sociaisReprodução: YouTube/Canal Gov

          O Itamaraty qualificou o episódio como uma “flagrante transgressão” tanto da Carta das Nações Unidas quanto das diretrizes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

          “Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala”, ressalta o texto.

          Compromisso histórico com o uso pacífico da energia atômica

          Ainda segundo a nota, o Brasil reforçou a postura que sempre defendeu em favor do uso da energia nuclear exclusivamente para propósitos pacíficos. O governo reafirmou que rejeita “com firmeza” qualquer tipo de proliferação nuclear, sobretudo em regiões marcadas por tensões e conflitos, como o Oriente Médio.

          “É urgente que se encontre uma solução diplomática que interrompa esse ciclo de violência e abra espaço para negociações de paz”, afirma a comunicação do Executivo.

          O Ministério das Relações Exteriores também advertiu sobre as “consequências negativas irreversíveis” que o agravamento do cenário pode ter para a segurança regional e para os compromissos globais que tratam da não proliferação e do desarmamento nuclear.

           

          Leia a nota na íntegra:

           

          O governo brasileiro expressa grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio e condena com veemência, nesse contexto, ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional. Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica. Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala.

          O Governo brasileiro reitera sua posição histórica em favor do uso exclusivo da energia nuclear para fins pacíficos e rejeita com firmeza qualquer forma de proliferação nuclear, especialmente em regiões marcadas por instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio.

          O Brasil também repudia ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas, os quais têm provocado crescente número de vítimas e danos a infraestrutura civis, incluindo instalações hospitalares, as quais são especialmente protegidas pelo direito internacional humanitário.

          Ao reiterar sua exortação ao exercício de máxima contenção por todas as partes envolvidas no conflito, o Brasil ressalta a urgente necessidade de solução diplomática que interrompa esse ciclo de violência e abra uma oportunidade para negociações de paz. As consequências negativas da atual escalada militar podem gerar danos irreversíveis para a paz e a estabilidade na região e no mundo e para o regime de não proliferação e desarmamento nuclear.

          Ofensiva norte-americana contra o Irã

          No último sábado, 21, os Estados Unidos lançaram um ataque de grande proporção contra três centros nucleares iranianos, empregando 125 aeronaves e 75 armamentos guiados, entre eles 14 bombas “fura-bunker”. No dia seguinte à operação, o governo norte-americano descreveu o bombardeio como uma “ação pontual” e assegurou que não pretende depor o governo do Irã. Por sua vez, a liderança iraniana prometeu retaliação. O chanceler do Irã declarou que os Estados Unidos romperam a “linha vermelha” e prejudicaram o caminho diplomático. Até o momento, não há detalhes sobre o tipo de resposta que Teerã pretende adotar.

          Fique por dentro!

          Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga @leodias no Instagram.

          Agora também estamos no WhatsApp! Clique aqui e receba todas as notícias e conteúdos exclusivos em primeira mão.

          Whatsapp telegram facebook twitter