Hugo Motta consegue reabrir sessão na Câmara após protestos de apoiadores de Bolsonaro
Em discurso, criticou a postura dos deputados e afirmou que as manifestações devem seguir o regimento interno da Casa
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), conseguiu retomar a sessão plenária no fim da quarta-feira (6/8), após dois dias consecutivos de obstrução e protestos promovidos por parlamentares da oposição ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante o pronunciamento, Motta criticou a postura dos deputados e reforçou que as manifestações devem respeitar o regimento interno da Casa, deixando claro que não permitirá que esse tipo de ato se sobreponha ao funcionamento do Plenário.
“O que aconteceu entre o dia de ontem e hoje com a obstrução dos trabalhos não faz bem a esta casa. A oposição tem todo o direito de se manifestar, de expressar sua vontade. Mas tudo isso tem que ser feito obedecendo o nosso regimento e a nossa Constituição. Não vamos permitir que atos como esse possam ser maiores que o Plenário e do que a vontade dessa Casa”, afirmou o presidente da Câmara, conforme divulgado pela Agência Brasil.
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Motta também destacou que os interesses individuais dos parlamentares não podem se sobrepor às necessidades do povo brasileiro. “Nesta casa mora a solução das construções para o nosso país, que tem que estar sempre em primeiro lugar, e não deixarmos que projetos individuais, pessoais ou até eleitorais possam estar à frente daquilo que é maior que todos nós, que é nosso povo que tanto precisa das nossas decisões”, acrescentou.
Ao encerrar sua fala, o parlamentar fez um apelo por mais respeito e diálogo entre os colegas. Mais cedo, ao chegar ao plenário, Hugo Motta enfrentou resistência para assumir sua cadeira na Mesa Diretora devido à obstrução de alguns deputados, especialmente Marcel van Hattem (Novo-RS) e Marcos Pollon (PL-MS).
Presidente do Senado
No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) decidiu que a sessão deliberativa desta quinta-feira (7) será realizada de forma remota. Segundo ele, a medida visa garantir o funcionamento da Casa e evitar a paralisação da pauta legislativa diante da obstrução promovida por senadores da oposição no plenário.
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