Relatório de Direitos Humanos de Trump tem críticas ao Brasil e “alivia” países aliados como Israel
O documento não menciona a crise humanitária na Faixa de Gaza e não cita os casos de tortura e condições prisionais severas em El Salvador; Ao contrário dos países aliados, Donald Trump entende que a defesa dos Direitos Humanos piorou no Brasil

O relatório do governo dos Estados Unidos sobre Direitos Humanos, divulgado na terça-feira (12/8), critica o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e de seus apoiadores, e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, abranda países considerados aliados do governo Donald Trump, como Israel. Em nenhum trecho do relatório produzido pelo Departamento de Estado americano, com base em dados do ano de 2024, a crise humanitária na Faixa de Gaza, na Palestina, causada pela guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, foi mencionada. Por lá, mais de 60 mil pessoas morreram em decorrência do conflito, de acordo com números verificados pela Organização das Nações Unidas (ONU). El Salvador é outro exemplo da “vista grossa” de Trump, em relação a violação de Direitos Humanos.
“Não houve relatos confiáveis de abusos significativos de direitos humanos”, afirma o relatório de 2024 sobre El Salvador.
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No entanto, em 2023, o mesmo relatório do Departamento de Estado dos EUA apontou realidade diferente no país da América Central e “questões significativas de Direitos Humanos”, como assassinatos ilegais ou arbitrários, tortura e condições prisionais severas e com risco de vida, aos “olhos” do governo do presidente Nayib Bukele, aliado de Donald Trump.
No início do ano, secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que o departamento havia se tornado uma plataforma para “ativistas de esquerda”. Ele prometeu que o governo Trump mudaria o departamento para promover os “valores ocidentais”.
Sobre o Brasil, o relatório aponta piora “significativa” da promoção dos Direitos Humanos, entre 2023 e 2024, critica a atuação de Alexandre de Moraes no STF, em específico no processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que apura os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, e nos bloqueios de perfis das redes sociais de apoiadores de Bolsonaro.
O governo Lula é citado no relatório como “cúmplice” das ações de Moraes, de perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
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