Senadores protocolam pedido de criação de CPI para investigar influenciadores após vídeo de Felca
A viralização do vídeo do influenciador Felca e a reação popular abriram caminho para discussão no Congresso Nacional

Um vídeo publicado pelo youtuber Felipe Bressanim, o Felca, desencadeou uma reação em cadeia que já movimenta o Congresso Nacional. A gravação, intitulada “Adultização”, acumula mais de 28 milhões de visualizações desde a última quinta-feira (7/8), e expõe casos de suposta exploração sexual de menores na internet, com críticas diretas ao influenciador paraibano Hytalo Santos.
Poucos dias após a repercussão, senadores protocolaram um pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar influenciadores e plataformas que promovem ou permitem a circulação de conteúdo sexualizado envolvendo crianças e adolescentes.
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Conforme o colunista Lauro Jardim, do portal O Globo, o requerimento, assinado por Damares Alves (Republicanos/DF) e Jaime Bagattoli (PL/RO), pretende também examinar a relação entre tal tipo de produção e a exploração sexual infantil, avaliar a efetividade das medidas de proteção no ambiente digital e cobrar respostas das autoridades sobre denúncias de abuso online. O caso ganhou força logo depois que o perfil de Hytalo no Instagram foi desativado, poucos dias após a acusação de Felca.
Paralelamente, a repercussão do vídeo impulsionou a discussão do PL 2628/2022, que estabelece novas regras para proteger menores em ambientes digitais e impõe responsabilidades a empresas de tecnologia. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos/PB), que até então tratava o tema com cautela, passou a sinalizar abertura para acelerar a tramitação, diante da comoção pública. O projeto será discutido nesta terça-feira (12/8) em reunião de líderes e, se houver acordo, poderá ir direto ao plenário.
A mobilização também envolve o Palácio do Planalto, entidades da sociedade civil e empresas que defendem o avanço da proposta. Para aliados do governo, o momento é favorável para superar resistências políticas e aprovar medidas de regulação do ecossistema digital voltadas à proteção infantil.
Enquanto isso, Felca relatou na última quinta-feira (7/8) que passou a circular em carro blindado e acompanhado de seguranças após receber ameaças. Ele afirma ter enfrentado um ambiente hostil durante a produção do vídeo e rebateu acusações feitas por usuários da rede X, que o chamaram de pedófilo por seguir contas de menores; segundo ele, o fez como parte de seu trabalho investigativo. O criador de conteúdo intimou mais de 200 perfis a doar R$ 250 para instituições de defesa da infância, sob pena de processo judicial.
No vídeo “Adultização”, o influenciador critica práticas que considera abusivas, como a participação de adolescentes em realities com conotação sexual, e entrevista uma psicóloga para discutir os impactos da exposição infantil nas redes. Ele também cita a cantora mirim Kamylinha e reforça que, muitas vezes, grandes influenciadores evitam abordar o tema por medo de retaliação.
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