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Sobre as manifestações de caminhoneiros, Bolsonaro alega que atuou para “pacificar”

No interrogatório, em pergunta feita por Paulo Gonet, o ex-presidente disse ter pedido a desobstrução das rodovias

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          Durante o depoimento prestado nesta terça-feira (10/6) no Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, questionou Jair Bolsonaro sobre os movimentos que paralisaram rodovias após a proclamação do resultado das eleições de 2022 e incitaram pedidos de intervenção militar. Gonet perguntou por que o ex-presidente não tomou medidas imediatas para conter essas ações, que, segundo ele, contaminavam a normalidade constitucional.

          Bolsonaro respondeu que, logo depois do pleito, surgiram protestos massivos dos caminhoneiros, com cerca de mil pontos de bloqueio, e que ele gravou um vídeo pedindo que as estradas fossem liberadas, pois a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não conseguiria desmobilizar sozinha. “Nesse meu vídeo, vamos anexar ao processo, pedi aos caminhoneiros para desobstruir as vias porque essa não é a nossa maneira de ser, não somos como o outro lado que não mede consequências para atingir seu objetivo. Trabalhamos sim para que isso fosse desmobilizado”, disse ele, em tom de polarização.

          Veja as fotos

          Reprodução: TV Justiça
          Durante depoimento no STF, Bolsonaro diz que 8 de janeiro não configura golpeReprodução: TV Justiça
          Reprodução: TV Justiça
          Procurador-geral da República, Paulo Gonet, durante interrogatório de Jair BolsonaroReprodução: TV Justiça
          Foto: Luis Nova/Associated Press
          O ex-presidente Jair Bolsonaro é réu por tentativa de golpeFoto: Luis Nova/Associated Press

          O ex-presidente ressaltou ainda que buscou evitar prejuízos à economia e a interrupção do “direito de ir e vir”. “Com toda a imprensa no Alvorada, falei: ‘As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas. Mas os nossos métodos não podem ser como os da esquerda, que sempre prejudicaram a população como: invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir’”, relembrou o discurso da época.

          No mesmo depoimento, enfatizou também não ter instigado ações ilegais, tendo se mantido recluso no Palácio do Alvorada e iniciado sua viagem aos EUA, deixando o país aos cuidados do vice-presidente, um dia antes da posse do presidente eleito.

          O episódio remete às manifestações golpistas que ocorreram entre 30 de outubro e o início de novembro de 2022, quando caminhoneiros aliados de Bolsonaro bloquearam rodovias em pelo menos 23 estados e no Distrito Federal como forma de protesto contra a eleição.

          O STF, por meio de Alexandre de Moraes, ordenou o desbloqueio imediato das vias e aplicou multa de R$ 100 mil por hora ao diretor da PRF, Silvinei Vasques, por omissão. Bolsonaro e o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, gravaram vídeos convocando à liberação das estradas.

          Com sua fala, o ex-presidente tentou se remover da imagem de incentivador de tumultos, alegando que sua única preocupação foi “pacificar o máximo possível ao longo dos dois meses de transição” e que não houve estímulo ao “tudo ou nada”, optando por respeitar a ordem constitucional.

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