Zambelli diz que se entregará às autoridades italianas caso extradição seja formalizada
A inclusão da deputada na lista vermelha da Interpol já permite detenção imediata; Ministério da Justiça ainda aguarda comunicação oficial do STF para iniciar processo

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atualmente na Itália, afirmou o G1 que irá se apresentar às autoridades locais assim que o governo brasileiro formalizar o pedido de extradição. A declaração foi dada após a inclusão do nome da parlamentar na lista da difusão vermelha da Interpol, que permite a prisão imediata em território estrangeiro.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública, responsável por conduzir o processo, informou que ainda não iniciou os trâmites porque aguarda a comunicação oficial do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a pasta, a solicitação deve ser processada rapidamente assim que o STF fizer a notificação formal.
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De acordo com juristas consultados pela defesa da parlamentar, o processo de extradição pode levar de seis meses a um ano e meio. O caminho começa com o pedido do Ministério da Justiça, que é encaminhado ao Itamaraty. A diplomacia brasileira, por sua vez, submete o caso ao governo italiano, onde ele será analisado pelo Judiciário local, com possibilidade de julgamento em até três instâncias.
Zambelli também declarou que, caso o pedido de extradição seja aceito, irá solicitar para cumprir eventual pena na Itália. Esse tipo de solicitação é previsto em tratados internacionais e será avaliado pelas autoridades dos dois países.
Acordos entre Brasil e Itália preveem até 40 dias após a prisão para que o pedido de extradição seja formalizado. No entanto, no caso da deputada, a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, já autorizou o envio antecipado da solicitação.
Embora aliados políticos de Zambelli tivessem expectativa de que a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, pudesse intervir, autoridades avaliam que o caráter técnico e jurídico do processo, aliado à cooperação internacional vigente, deve prevalecer.
A deputada deixou o Brasil no final de maio, após decisão judicial que determinou sua prisão preventiva no inquérito sobre a invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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