Como funcionam as relações “não-monogâmicas” do novo reality de Deborah Secco
Ao portal LeoDias, especialistas dizem quais são as dinâmicas dessas formas popularizadas de relacionamento

Com apresentação de Deborah Secco, o reality show “Terceira Metade” conquistou o top 1 do Globoplay nesta semana e jogou luz sobre uma forma polêmica e não muito comum de relacionamentos: as relações não-monogámicas. Ao portal LeoDias, especiliastas em sexo e relacionamento desmitificam e tiram dúvidas das dinâmicas dos casais poliamorosos, principalmente no que diz respeito à traições e combinados entre os companheiros.
A premissa, em que participantes solteiros se juntam como terceiros integrantes dos casais já formados antes da atração, surpreendeu até mesmo a apresentadora, que também causou polêmica ao compartilhar as visões que teve sobre a monogamia.
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“Me considero uma pessoa monogâmica. Inclusive, saíram alguns recortes falando que eu não acredito na monogamia. Eu acredito na monogamia quando ela é escolhida diariamente, quando não é imposta, quando não é uma prisão social. Para mim, a monogamia que eu acho que é falida é essa que é imposta a todo mundo como uma falta de opção”, explicou ao gshow na estreia do reality.
Existem regras na poligamia?
A este portal, os especialista explicam que há duas estilos principais de relações poliamorosas: a primeira, em que o casal faz um acordo para que possam ter encontros românticos com outras pessoas, sem contato direto com o outro parceiro; e a outra, baseada em relações em rede, onde todos se conhecem e convivem e se relacionam entre si.
E se tem uma coisa que os primeiros episódios de “Terceira Metade” nos mostraram, é que até mesmo nas relações abertas, ainda há muito espaço para ciúmes e DRs. A psicóloga e especialista em relacionamentos Andressa Taketa explica que isso acontece pois, assim como em toda relação, a poligamia também exige diálogo e acordos entre os parceiros.
“Em algumas dinâmicas, todos os parceiros se conhecem, interagem e até constroem vínculos afetivos entre si, o que pode gerar muita proximidade e apoio mútuo, mas também pode trazer ciúmes e competições. Já em situações onde os parceiros não se conhecem, pode haver menos tensão direta, mas também pode gerar mais ansiedade, dúvidas e fantasias sobre ‘o outro'”, explica
“O mais importante é a clareza, comunicação e consentimento. A ausência de um desses três elementos tende a gerar ciúmes, insegurança ou desequilíbrio emocional, independentemente do modelo relacional.”
O psicanalista e professor sênior da Associação Brasileira de Psicanálise Clínica (ABPC), Artur Costa, acrescenta outro ponto importantíssimo para a boa convivência entre casais poligâmicos: o consentimento. Para ele, é importante que os integrantes tenham em mente que relações poligámicas, abertas ou fechadas, devem ser transparente; e não um sinônimo para escapar do medo de traições.
“O que determina se a relação será saudável ou não é menos o modelo e mais a qualidade do acordo e da comunicação. O risco, tanto na monogamia quanto na não monogamia, está no silêncio, na mentira ou na imposição. Em muitos casos, algumas pessoas pensam: ‘se eu abrir a relação, talvez não me sinta mais traída, porque já está acordado que haverá outras pessoas’. Mas na prática, abrir a relação não resolve o medo, apenas muda o formato.”
“Do ponto de vista clínico, muitos conflitos surgem quando um dos parceiros está emocionalmente preparado para esse modelo, e o outro, não o que gera tensão, ciúme e insegurança emocional. Se não houver clareza interna, o risco é transformar a liberdade em fuga e o afeto em confusão”, alerta.
Próximos episódios de “Terceira Metade”
O reality show, cujo lançamento foi divido em três partes, terá a segunda leva de episódios a partir do dia 25 de julho, quando os casais participantes, já com o novo ou nova integrante, enfrentam o desafio da convivência e vão morar juntos no “Condomínio do Amor”.
A última fase da atração e a grande final vai ao ar em 1º de agosto, quando será o momento de uma grande decisão: os casais escolhem se vão aceitar a terceira pessoa dentro da relação, se continuarão apenas em uma relação a dois ou se até mesmo decidem terminar com tudo após a experiência.
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