Cíntia Chagas rejeita rótulo bolsonarista e faz apelo na internet: “Chega”
Além de se dizer contra o bolsonarismo, a influenciadora criticou o catolicismo agressivo das redes
Num pronunciamento direto e com tom irônico, a influenciadora Cíntia Chagas decidiu marcar distância de movimentos com os quais já foi identificada. Em publicações feitas neste fim de semana em seu perfil no Instagram, ela disse estar cansada de ser vista como parte do bolsonarismo ou de um catolicismo “intolerante”: “Eu sou de direita. Todavia, preciso que parem de me associar ao Bolsonarismo, pelo amor de Deus”, disparou.
Apesar de assumir sua posição política à direita do espectro ideológico, Cíntia diz nunca ter pertencido ao bolsonarismo de forma autêntica. “Fui parar ‘lá’ muito mais pela minha guerra contra o ‘todes’ do que por convicção”, justificou a influenciadora.
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Sem meias-palavras, Cíntia rejeitou também o que chamou de “catolicismo da internet”, que, para ela, estaria mais associado à agressividade do que à fé. “O meu catolicismo não agride”, afirmou.
A influenciadora, conhecida por sua atuação como “musa da gramática” e críticas ácidas em defesa da norma culta, também aproveitou o espaço para contestar os rótulos que lhe são impostos. “Não estou aqui para atender às expectativas de quem quer que seja. Caso queiram me filiar a algum ‘ismo’, que seja no cintiachaguismo”, escreveu com ironia.
Cíntia finalizou o desabafo com uma declaração sobre sua complexidade pessoal e resistência a seguir regras nas quais nunca acreditou. “Sou complexa demais para ter de seguir regras com cujos preceitos nunca concordei”, resumiu ao final.
A influenciadora nunca se autodeclarou bolsonarista, apesar de já ter sido amplamente associada ao bolsonarismo por conta de suas posições públicas e relações pessoais. Em uma entrevista no ano passado ao portal BNews, Cíntia foi questionada pelo título de “musa bolsonarista”, ao que ela respondeu com bom humor, dizendo que se considera “uma musa acima de qualquer coisa”.
Além disso, Cíntia ganhou notoriedade por suas críticas à linguagem neutra e por defender ideias conservadoras, como a submissão feminina no casamento.
Porém, após denunciar o deputado estadual Lucas Bove (PL/SP) por violência doméstica em outubro de 2024, informação revelada com exclusividade pelo portal LeoDias, ela passou a se distanciar de algumas dessas posições. Chegou a até mesmo se desculpar publicamente por declarações anteriores e agradeceu o apoio de grupos feministas, afirmando que suas falas passadas foram infelizes e suscetíveis a interpretações equivocadas.
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