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Influenciadora relata experiência em trilha no vulcão Rinjani: “maior furada”

Nas redes sociais, a influenciadora e escritora Letícia Mello relatou a traumatica experiência que teve ao fazer a mesma trilha que a brasileira Juliana Marina, no Monte Rinjani, na Indonésia

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          A morte da brasileira Juliana Marins durante uma trilha até o cume do vulcão Rinjani, na Indonésia, reacendeu o debate sobre os riscos da atividade, muitas vezes vendida por agências locais como um passeio simples e acessível a qualquer turista. Em meio à comoção nas redes sociais, a influenciadora de viagens e escritora Letícia Mello compartilhou um relato contundente sobre a experiência que viveu no mesmo local, em junho de 2017.

          Letícia, que já rodou o mundo em aventuras diversas, fez um alerta para a forma como a trilha é comercializada a turistas, muitos dos quais não têm preparo físico, técnico ou equipamentos adequados. Ela começa seu depoimento afirmando que classifica a experiência como a mais perigosa de sua vida:

          Veja as fotos

          Gunung rinjani
          Parque Nacional do Monte Rinjani
          Reprodução Tripadvisor
          Reprodução Tripadvisor
          Foto/g1
          Juliana Martins aguarda resgate na IndonésiaFoto/g1
          Foto/g1
          Juliana Martins aguarda resgate na IndonésiaFoto/g1
          Foto/Parque Nacional do Monte Rinjani
          Equipes interrompem resgate de brasileiraFoto/Parque Nacional do Monte Rinjani
          Foto/Parque Nacional do Monte Rinjani
          Equipes interrompem resgate de brasileiraFoto/Parque Nacional do Monte Rinjani
          Foto/Parque Nacional do Monte Rinjani
          Equipes interrompem resgate de brasileiraFoto/Parque Nacional do Monte Rinjani
          Foto/Parque Nacional do Monte Rinjani
          Equipes interrompem resgate de brasileiraFoto/Parque Nacional do Monte Rinjani
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          “Eu já subi o vulcão Rinjani em jun/2017 e, diante da tragédia que aconteceu com a Juliana Marins, acredito que pode ser válido compartilhar a minha experiência para evitar tragédias futuras e também para trazer mais contexto da situação – pra não falarem besteira. Começo afirmando que: O Monte Rinjani foi a maior furada da minha vida. (…) Dentre tudo que já fiz, o Monte  Rinjani foi a única atividade em que me senti em perigo real.”

          Segundo ela, tudo começa com a forma equivocada com que a trilha é oferecida ao público: como um “passeio” sem necessidade de preparo técnico. Letícia lembra que o valor pago foi de 100 dólares por pessoa, o que parecia vantajoso, mas acabou se traduzindo em uma experiência precária e arriscada:
          “O vendedor nos convenceu ao dizer que tanto o bastão quanto a jaqueta estavam incluídos no valor do pacote (…). Provavelmente, subimos com a pior empresa possível.”

          Já no primeiro dia de caminhada, as dificuldades se tornaram evidentes. O grupo recebeu equipamentos inadequados e improvisados, como bastões feitos de galhos, e teve de enfrentar uma noite em tendas mal armadas:
          “As condições eram extremamente precárias, ao ponto de a tenda das meninas que estavam conosco não ter aguentado ficar de pé (…). Assim que amanheceu, metade do grupo desistiu.”

          Mesmo diante dos obstáculos, Letícia e seus companheiros decidiram continuar. No entanto, ela destaca que o Rinjani está longe de ser uma trilha simples: são 30 km em três dias, com elevação que pode chegar a 3.300 metros.

          “É exaustivo, e o público é, em sua maioria, formado por mochileiros que estão viajando sem preparo físico e sem equipamento, além de um orçamento apertado (nosso caso, na época).”

          A tentativa de chegar ao cume foi ainda mais desafiadora. Após uma tempestade na noite anterior, Letícia questionou o guia local sobre a segurança de continuar a subida.

          “A resposta em broken English foi ‘you go, I go’ (você vai, eu vou), querendo dizer que, se eu decidisse subir, ele iria comigo. (…) Mal tínhamos um idioma em comum.”

          Faltando cerca de 300 metros para o topo, Letícia começou a chorar de frio. Mesmo assim, decidiu seguir com o grupo, improvisando roupas com cangas, blusas e sacos de dormir. Ao amanhecer, foi que ela percebeu o real perigo do trajeto: “Foi somente na descida do cume, com o dia amanhecendo, que tive noção do tamanho do penhasco que existe para ambos os lados.”

          Ela relata que a descida foi feita praticamente escorregando e lamenta a falta de estrutura e treinamento dos guias:
          “Quando conversei com nosso guia, dizendo que faria uma reclamação formal (…), ele implorou para que eu não falasse nada, pois perderia seu emprego e tinha família para cuidar.”

          Para Letícia, o caso de Juliana é parte de um problema maior, que envolve a exploração do turismo de aventura sem as devidas precauções.
          “É muito fácil acabar subindo o vulcão totalmente despreparado – o que deve ter acontecido com a Juliana, assim como acontece todos os dias com outros viajantes. Essa foi a única experiência que vivi pelo mundo da qual saí pensando que ‘não deveria ser aberta ao público’ – principalmente por estar na Indonésia, que é um país conhecido pela exploração do turismo a todo custo.”

          “Compartilho isso para que mais pessoas saibam que o que acontece no Rinjani não é montanhismo de verdade e nem deveria ser comercializado da maneira que é, evitando tragédias e perdas futuras. Descanse em paz, Juliana”, finalizou.

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