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Especialista fala sobre doença retratada em “Dona de Mim”: “É muito doloroso”

Em entrevista ao portal LeoDias, a geriatra Roberta França afirma que o diagnóstico precoce contribui bastante para retardar a progressão do Alzheimer, condição da personagem Rosa, da atriz Suely Franco

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          O drama da personagem Rosa, interpretada por Suely Franco na novela “Dona de Mim”, da TV Globo, tem comovido os telespectadores da trama das sete. A mãe de Abel (Tony Ramos) foi diagnosticada com demência – o Alzheimer é o tipo mais comum; existem outros. Para falar sobre a temática importante e pouco discutida entre as famílias com idosos, o portal LeoDias entrevistou a geriatra Roberta França.

          De acordo com a médica, os primeiros sinais da demência de Alzheimer, muitas vezes, acabam sendo confundidos com uma perda natural do envelhecimento. Por isso, a família tem muita dificuldade em reconhecer esses sinais. As perdas de memória recente, a dificuldade de executar tarefas simples do dia a dia, e a perda de interesse por atividades que antes eram muito apreciadas são exemplos disso.

          Veja as fotos

          Reprodução/TV Globo
          Dona Rosa (Suely Franco) e Abel (Tony Ramos)Reprodução/TV Globo
          Reprodução/TV Globo
          Dona Rosa (Suely Franco), de "Dona de Mim"Reprodução/TV Globo
          Reprodução/TV Globo
          Dona Rosa (Suely Franco), de "Dona de Mim"Reprodução/TV Globo
          Foto: Manoella Mello/TV Globo
          Rosa (Suely Franco), Rebeca (Silvia Pfeifer) e Abel (Tony Ramos) em Dona de MimFoto: Manoella Mello/TV Globo
           Divulgação/Globo
          Dona Rosa (Suely Franco), de "Dona de Mim" Divulgação/Globo

          “Mamãe sempre adorou cozinhar, e de repente perdeu o interesse pela cozinha; vovó sempre fez crochê, mas agora não quer mais fazer; papai sempre foi apaixonado por futebol, mas agora não acompanha mais; ele sempre pagou todas as contas de casa, e agora começa a atrasar os pagamentos. Muitas vezes, associamos essas mudanças ao envelhecimento, e não à dificuldade executiva das tarefas”, diz.

          “Uma coisa é a mamãe não querer mais cozinhar; outra coisa é ela perder a capacidade de executar a tarefa de cozinhar. E como isso muitas vezes remete à possibilidade de um quadro demencial, a família se recusa a enxergar, muitas vezes por medo do diagnóstico, ou do que pode estar por trás dessas dificuldades”, emenda a especialista.

          O diagnóstico precoce contribui bastante para retardar a progressão da doença, segundo a especialista. “É importante frisar que, até a presente data, não temos nenhum tratamento modificador da doença. Ou seja, os quadros de demência de Alzheimer ou qualquer outro tipo de demência são doenças neurodegenerativas, progressivas e inexoráveis”, pontua.

          Ela ressalta ainda que a doença vai progredir, e o paciente vai perder cognição e capacidade executiva, independentemente do tratamento. Contudo, quanto mais cedo iniciar o tratamento, maiores são as chances de retardar esse processo e manter o paciente com funcionalidade e qualidade de vida por mais tempo.

          Como lidar emocionalmente com a doença

          Questionada sobre como os cuidadores podem lidar emocionalmente com um parente com Alzheimer, ela destaca: “Sempre digo aos meus pacientes e às suas famílias que o diagnóstico é do paciente, mas a doença é da família. A demência de Alzheimer é uma doença que afeta todos os envolvidos no cuidado do paciente. É de fato muito doloroso e, por vezes, extremamente exaustivo. Por isso, é essencial que os familiares dos pacientes com demência tenham acompanhamento psicológico, compreendam seus limites no processo de cuidado, e entendam que ninguém consegue cuidar sozinho”.

          E finaliza: “É importantíssimo entender isso e pedir ajuda sempre que necessário, para que possamos lidar da melhor forma possível. Afinal, é uma doença que, principalmente para pacientes bem acompanhados, pode durar 15, 20 anos, com o processo demencial. E cuidar sozinho durante todo esse tempo é praticamente impossível”.

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