“Dona de Mim” mostra que burnout também atinge universitários e enaltece o SUS
A novela das sete da Globo vai abordar a exaustão mental em jovens estudantes através de Stephany (Nikolly Fernandes)
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A novela das sete da Globo, “Dona de Mim”, vem tratando temas relevantes com sensibilidade e verdade – e, em breve, a trama escrita por Rosane Svartman vai aprofundar seu compromisso com temas urgentes ao tratar, de forma inédita no horário, o burnout entre estudantes através de Stephany (Nikolly Fernandes).
Na cena, a irmã de Leo (Clara Moneke) retorna da consulta com uma psiquiatra do SUS e revela o diagnóstico: burnout. Mais do que isso, ela compartilha algo que muita gente pensa – e que a novela ajuda a desconstruir: “Achava que só quem trabalhava tinha burnout, mas a médica explicou que a rotina acadêmica também pode adoecer”.
A fala tem força. Traz à tona um debate ainda pouco discutido nas novelas: a exaustão mental em jovens estudantes. Stephany relata o laudo e conta que vai trancar algumas matérias para cuidar da saúde mental. A sequência emociona especialmente por não tratar a ida ao psiquiatra com tabu. Ao contrário, ela afirma com orgulho que foi atendida pelo SUS – uma cena que enaltece o sistema público de saúde sem romantizar, mas mostrando sua importância e acesso.
Enquanto outras novelas, como “Vale Tudo”, exploraram o burnout no universo corporativo, “Dona de Mim” amplia a discussão. Fala de uma juventude sobrecarregada, pressionada a performar e que muitas vezes adoece em silêncio. E faz isso com afeto, representatividade e uma dose certeira de realidade.
Esse arco se junta a outras duas importantes frentes que a novela já vem desenvolvendo com delicadeza e profundidade. Rosa, vivida por Suely Franco, enfrenta a progressão do Alzheimer. A personagem vem lidando com os impactos do diagnóstico — tanto nas atividades do dia a dia quanto nas relações familiares. A novela mostra os esquecimentos, o medo, os cuidados, e chama atenção para o valor do diagnóstico precoce e da rede de apoio.
E há também Filipa, interpretada por Cláudia Abreu, que vive com transtorno bipolar. A novela já mostrou episódios de mania, impulsividade e resistência ao tratamento — tudo apresentado com empatia e sem estigmatizar. É uma jornada difícil, mas importante para ampliar o entendimento do público sobre uma condição real, muitas vezes incompreendida.
Com esses três arcos, “Dona de Mim” faz mais que entreter. A novela se posiciona como uma aliada no debate sobre saúde mental. E num país onde ainda há resistência em falar sobre o assunto — especialmente no horário nobre —, isso faz toda a diferença.
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