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Alergia a ovo: Médica explica condição que afeta trato respiratório de Lore Improta

O portal LeoDias conversou com a médica alergista Dra. Lucila Camargo

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Lore Improta, que estava curtindo férias na África do Sul com Léo Santana, usou as redes sociais nesta quinta-feira (7/3), enquanto tomava café da manhã no aeroporto, para falar sobre a alergia a ovo que possui, que atinge seu trato respiratório. Para falar com propriedade sobre o assunto, o portal LeoDias conversou com a médica alergista e coordenadora do Depto Científico de Alergia Alimentar da ASBAI- Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, Dra. Lucila Camargo, que explicou quais são os sintomas e tratamento da doença. 

Segundo a especialista, pessoas com alergia a ovo podem apresentar diversos sintomas, que vão desde manchas vermelhas pelo corpo a falta de ar, tosse e dificuldades respiratórias.

“A alergia a ovo, bem como a alergia a outros alimentos, ela pode se manifestar de diversas maneiras e com vários sintomas que são comuns a outras doenças. Por exemplo, existem sintomas imediatos que acontecem minutos ou até duas horas após a ingestão do ovo. Sintomas esses que os mais comuns são placas vermelhas que coçam pela pele, inchaços nas orelhas, boca, lábios, algumas vezes os indivíduos têm náuseas e vômitos. Agora, se esses sintomas de náuseas e vômitos e placas vermelhas pelo corpo, lesões na pele, eles vêm acompanhado de falta de ar, tosse, dificuldade respiratória, é o que se chama de anafilaxia, uma reação alérgica potencialmente fatal. Existem manifestações tardias de alergia, como por exemplo, vômito sem parar, que acontecem horas depois, diarreia, sangramento nas fezes, comprometimento do ganho de peso nas crianças”, declarou a Dra. Lucila Camargo.

Questionada se é possível ter alergia a ovo, mas  não apresentam sintomas, a médica disse: “Não existem pessoas sem sintomas, ou seja, assintomáticas com alergia a ovo. A alergia a ovo significa que o indivíduo tem sintoma quando ingere o alimento. E lembrar que existem outras doenças que podem dar sintomas e não ser alergia. A pessoa pode comer um ovo que está contaminado, ter uma intoxicação alimentar, pode ter um refluxo, podem ter outras causas desses sintomas que não são alérgicas”. 

Diagnóstico
 

A especialista explicou que o diagnóstico é realizado após uma série de exames.
 

“Então, o diagnóstico deve ser feito por especialista que vai fazer uma entrevista com o paciente de maneira minuciosa para poder correlacionar o contato em gestão do ovo e a presença dos sintomas. Algumas vezes, a depender do mecanismo alérgico envolvido, o médico pode solicitar exames de sangue e exames na pele que podem ajudar a elucidar o diagnóstico de alergia. E quando há dúvida com esses exames, a gente pode proceder o teste de provocação oral, que nada mais é que a administração do ovo. Sob supervisão médica, em ambiente controlado para possíveis reações graves, e aí a gente vê se o indivíduo reage ou não ao ovo. Algumas vezes é necessário esse procedimento”, revelou.

Tratamento
 

O tratamento é realizado basicamente com a não ingestão do alimento, porém, segundo a especialista, há casos em que pacientes conseguem consumir alimentos que tenham o ovo em sua composição como bolo, bolachas etc.

“O tratamento é feito basicamente com evitar o alimento envolvido. Então seria uma dieta restrita sem ter a presença de ovo. Mas a gente sabe que. Cerca de 60% dos alérgicos a ovo, embora não consigam comer, reajam a ovo cozido, quente ou mexido, conseguem comer o alimento em preparações como bolos e bolachas, preparações que levam trigo na composição e são submetidas a alta temperatura por um longo período. Então, parte dos indivíduos alérgicos ao ovo consegue consumir bolos e bolachas contendo pães contendo o ovo e aí o médico vai avaliar essa possibilidade de liberar esse tipo de alimento quando é possível”, explicou a Dra. Lucila Camargo.
 

Tem cura?

Entre as perguntas mais comuns nos consultórios após o paciente ser diagnosticado com alergia é: “Essa alergia tem cura?”. De acordo com a médica alergista, atualmente existem tratamentos que ajudam o paciente a levar uma vida com menos sintomas.
 

“Existe um tratamento mais recente que é a imunoterapia, que a gente vai dando pequenas doses do alimento ao qual se é alérgico e fazendo o organismo tolerar aquele alimento. Esse é um tratamento, uma modalidade de tratamento mais recente, mas que tem mostrado progressos aí e o indivíduo passa a conseguir ter uma vida com menos sintomas”, contou a profissional. 
 

Ainda em entrevista, Dra. Lucila Camargo contou que apesar de existir casos de alergia a ovo em pacientes adultos, é mais comum em crianças, e raramente a doença permanece até a fase adulta.
 

“A alergia a ovo ela começa no começo da vida, ela costuma acometer já no início da vida, nas primeiras exposições ao ovo e ela evolui com melhora espontânea, cura espontânea ainda na maioria das vezes, na fase pré-escolar e escolar, muito raramente ela aparece na fase adulta ou permanece na fase adulta”, finalizou. 

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