Morte cerebral: especialista explica o que está associado e se tem como evitar
Do sofrimento da morte cerebral de um ente querido, pode surgir a oportunidade de salvar outras vidas através da doação de órgãos

A reportagem do portal LeoDias conversou com o neurologista do Hospital Icaraí em Niterói, Dr. Guilherme Torezani, que explicou o que é a morte cerebral, o que está associado a ela e se há como evitar.
“Morte cerebral é quando o cérebro para completamente de funcionar — e de forma definitiva. Mesmo que a pessoa esteja ligada a aparelhos que mantêm o coração batendo e os pulmões respirando artificialmente, o que sustentava a vida de verdade, que era o cérebro, já não está mais ali. É um tipo de morte invisível aos olhos, mas real e reconhecida tanto pela medicina quanto pela lei”, iniciou o especialista.
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Ela geralmente acontece depois de situações graves, como um acidente com forte pancada na cabeça, Acidente Vascular Cerebral (AVC) extenso ou quando o cérebro fica muito tempo sem oxigênio, como depois de uma parada cardíaca. São momentos dramáticos que mudam tudo de forma repentina. Nessas situações, o cérebro sofre um dano tão grande que não consegue mais voltar a funcionar, pontuou o médico.
“Nem sempre há como evitar. Mas há, sim, atitudes que podem reduzir o risco: cuidar da saúde, controlar pressão e diabetes, evitar o cigarro, fazer uso do cinto de segurança, capacete e procurar ajuda médica logo que algo parece errado — como sinais de AVC, por exemplo. Mesmo assim, a vida é frágil e, às vezes, mesmo com todos os cuidados, podem acontecer tragédias que fogem ao nosso controle”, frisou o profissional de saúde.
Falar sobre morte cerebral é falar sobre despedida, mas também sobre dignidade. Quando este diagnóstico é confirmado com todos os critérios que a medicina exige, é sabível não haver mais volta. E, nesse momento tão difícil, surge a possibilidade de doar órgãos, recordou o neurologista.
“Uma pessoa que parte pode dar a outras a chance de continuar vivendo. Isso é algo profundamente humano — transformar a dor em amor. Por isso, conversar com sua família sobre esse desejo é um ato de empatia que atravessa gerações”, finalizou o Dr. Guilherme.
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