PolG: entenda a doença rara que levou à morte do príncipe de Luxemburgo
Ao portal LeoDias, especialista detalha o diagnóstico do príncipe europeu, que faleceu aos 22 anos

No dia 1º de março, Frederik de Nassau, príncipe de Luxemburgo, morreu aos 22 anos após uma longa batalha contra a PolG, uma doença rara e incurável que afeta o DNA. O caso gerou grande repercussão e o portal LeoDias conversou com um especialista em genética para entender os principais sintomas e as opções de tratamento.
Em entrevista ao portal LeoDias, o Dr. Roberto Giugliani, especialista em genética e coordenador de Doenças Raras na Dasa Genômica, explicou que a doença ocorre quando há uma mutação no gene PolG, que afeta a produção de uma proteína crucial para a replicação do DNA, especialmente nas mitocôndrias, que são estruturas celulares responsáveis por produzir energia para as células do corpo.
Veja as fotos
Leia Também
Giugliani explica que, como as mitocôndrias geram energia para as células, a alteração no gene PolG acaba prejudicando o funcionamento de órgãos e alguns sistemas do corpo. Os principais sintomas estão ligados à falta de energia nas células, o que pode afetar diversas partes do organismo, como o cérebro, o coração e os músculos.
“Os pacientes geralmente apresentam fraqueza muscular, distúrbios cardíacos, pálpebras caídas, dificuldades de equilíbrio e marcha, dificuldade para articular palavras, entre outros”, o especialista explica que a mutação é hereditária, mas os sintomas podem ser desconhecida pela família e o diagnóstico é feito através de exames genéticos.
“Na maioria dos casos, a doença é transmitida de forma recessiva, ou seja, ambos os pais precisam ser portadores de uma cópia do gene com a mutação para que a doença se manifeste no filho, quando este recebe duas cópias mutadas, uma do pai e outra da mãe”, o médico explica a transmissão do gene.
Por fim, Roberto esclarece que, embora não haja cura para a doença, existem tratamentos e abordagens para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com essa mutação, como foi o caso de Frederik, que conseguiu conviver com a condição por oito anos antes de falecer.
“O tratamento foca no controle dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida do paciente, com medidas como fisioterapia, acompanhamento neurológico e cardíaco. Também são recomendados cuidados preventivos para complicações relacionadas ao funcionamento de órgãos vitais, como o coração e o fígado”, informa.
Fique por dentro!
Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga @leodias no Instagram.
Agora também estamos no WhatsApp! Clique aqui e receba todas as notícias e conteúdos exclusivos em primeira mão.