Amigo de fotógrafo brasileiro desaparecido em Paris detalha último contato com ele
Flávio de Castro Sousa está desaparecido há 13 dias e o caso segue sem resposta das autoridades
Neste domingo (08/12), o Fantástico conversou com Alexandre Callet, amigo de Flávio de Castro Sousa, fotógrafo brasileiro desaparecido em Paris há 13 dias. O francês contou que foi a última pessoa que teve contato com Flávio e deu detalhes da troca de mensagens entre os dois.
Na conversa, o brasileiro relatou que caiu na Ilha dos Cisnes, no meio do Rio Sena e teve que aguardar socorro por três horas. Ele ainda disse que foi resgatado pelos bombeiros e levado para um hospital com suspeita de hipotermia.
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“Eu perguntei: Como assim? Como você conseguiu se machucar desse jeito? E ele respondeu: ‘Não sei, só sei que caí’”, contou Alex. Em outra mensagem, o desaparecido ainda declarou: “Os bombeiros disseram que tive sorte de estar vivo. Não consegui sair da água. Fiquei muito tempo lá. Eu bebi demais e fiz uma besteira enorme”, falou Flávio.
Assim que foi liberado do hospital, o fotógrafo avisou Alex: “Me liberaram ao meio-dia, o horário do meu voo. Fui na imobiliária que me alugou o apartamento para pedir ajuda. Quero ficar pelo menos um dia a mais até conseguir um novo voo”, escreveu ele.
O amigo ainda disse, na conversa, que se o fotógrafo tivesse qualquer problema, poderia usar sua casa. Mas Flávio respondeu que não precisava e disse que iria se virar. Flávio então negociou com a imobiliária e conseguiu um outro apartamento. Ele colocou as roupas molhadas para lavar e disse a Alex que iria descansar: “Vou tentar dormir. Estou exausto”, finalizou o desaparecido. No dia seguinte, com o brasileiro não respondia mais a tentativa de contato.
O Fantástico ainda entrevistou a mãe do fotógrafo, Marta Maria de Castro, que falou a angustia em não saber o paradeiro do filho: “Eu não desejo que nenhuma mãe nesse mundo venha sentir, venha passar, o que eu tenho passado nesses dez dias, que parece que é o infinito. Eu preciso estar aqui de pé para receber meu filho de volta, porque ele é o meu mundo”, afirmou a auxiliar de enfermagem.
O caso ainda segue sem resposta, mas sendo acompanhado pelo delegado da Polícia Federal Luiz Roberto Ungaretti De Godoy, que explicou o que diz a lei francesa em casos como esse: “Diferente do Brasil, é expresso aqui o direito de a pessoa desaparecer. Ela pode simplesmente ter essa vontade, desde que maior de idade e não tenha nenhuma entrada criminal ou de outra natureza”, esclareceu.
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