Cabrini detalha caso de empresário apontado como “cabeça” de desvio milionário do INSS
Além de ouvir aposentados prejudicados pelo esquema, Roberto Cabrini detalhou a investigação e expôs o envolvimento de Maurício Camisotti

Maurício Camisotti é apontado como peça-chave em um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de R$400 milhões, envolvendo associações ligadas a aposentados. No “Domingo Espetacular”, Roberto Cabrini detalhou o caso, mostrando que, por meio da empresa Benfix, Camisotti teria recebido e repassado recursos para entidades sob investigação, ocultando a origem do dinheiro. A operação criminosa envolve servidores do INSS e Antônio Carlos, conhecido como “Careca do INSS”.
Com exclusividade, o programa divulgou a investigação sobre o que foi chamado de “o maior golpe da história do país” e “fraude sem precedentes”. Segundo as apurações, associações fictícias foram criadas para aplicar descontos mensais sem o consentimento dos aposentados, com falsificação de assinaturas e aproveitamento do analfabetismo de algumas vítimas, dos 9 milhões que teriam sido prejudicados.
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Os descontos variavam entre R$30 e R$80 por mês, acumulando valores milionários ao longo dos anos. Ainda de acordo com a reportagem, o rastro das movimentações era complexo, com a ocultação da origem dos valores e disfarce da posse de bens. Figuras como Maurício e o “Careca” foram apontadas como os principais articuladores da venda de informações sigilosas e da lavagem de dinheiro.
Um ex-aliado de Maurício, Mauro Baccan Júnior, relatou que, ao tentar entender melhor o funcionamento da empresa, percebeu que havia mais de 500 novos associados por dia. “Eu falei: aí tem algo errado”, disse o antigo gestor, que notou uma série de pedidos de devolução dos valores. Ele também revelou que o próprio Camisotti chegou a usar seu nome sem autorização em uma das entidades.
Além disso, a investigação revelou que as associações não estavam registradas em nome de Maurício, mas ele era o principal beneficiário do esquema. Parte do dinheiro era destinada a empresas em nome de familiares, usados como laranjas, enquanto outra parcela era enviada para contas no exterior. Os líderes da fraude levavam vidas de luxo, com movimentações financeiras incompatíveis com suas rendas declaradas.
Durante a reportagem, aposentados diretamente prejudicados pelo golpe relataram indignação. Muitos disseram depender do benefício para sobreviver e não sabiam que seus nomes estavam sendo usados para sustentar uma rede criminosa: “Eu não sabia que eu estava sendo roubada. Já ganho pouco e ainda me tiram? Acham que quem não sabe ler é cego”, desabafou uma idosa. “Nunca assinei nada para ninguém e estão tirando dinheiro meu”, questionou mais uma.
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