Alcolumbre deve segurar a CPI mista sobre fraudes no INSS e mantém clima de cautela
Presidente do Senado articula politicamente com o governo e busca evitar atritos no Legislativo

Apesar da pressão crescente da oposição, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), tem adotado uma postura cautelosa diante da proposta de criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Parlamentares contrários ao governo alegam já ter colhido o número necessário de assinaturas, pelo menos 29 senadores e 182 deputados, e pretendem protocolar o pedido ainda nesta terça-feira (6/5), de acordo com informações da CNN Brasil. A deputada Coronel Fernanda (PL/MT) e a senadora Damares Alves (Republicanos/DF), principais articuladoras da iniciativa, afirmaram que buscarão uma reunião com os presidentes da Câmara e do Senado após a formalização.
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“Eu e minha amiga deputada Coronel Fernanda, com o apoio de várias lideranças, já conseguimos assinaturas suficientes para a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. Para onde foi esse dinheiro? O Congresso vai dar essa resposta, isso não vai ficar impune”, escreveu Damares em suas redes sociais sobre a instalação da CPMI.
A oposição inicialmente tentou viabilizar uma CPI apenas na Câmara, mas encontrou resistência do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos/PB). Ele justificou a demora com base em uma fila de outros 12 pedidos de CPIs que aguardam análise. Diante disso, a estratégia passou a ser a criação de uma comissão mista, envolvendo deputados e senadores.
Porém, Alcolumbre tem indicado a aliados que não pretende levar o pedido adiante neste momento. Segundo pessoas próximas, o senador estaria em um momento de forte articulação com o governo, obtendo o comando do Ministério das Comunicações, mesmo após recuos de seu indicado inicial.
A leitura entre seus aliados é de que o avanço de uma CPMI agora poderia elevar a temperatura política e atrapalhar o andamento da pauta legislativa prevista para 2025. Além disso, há receio de que uma investigação como essa acabe atingindo não apenas o governo Lula, mas também a gestão de Jair Bolsonaro, já que os indícios de fraude no INSS remontam ao ano de 2019.
Apesar da resistência, Alcolumbre deve se reunir ainda nesta semana com representantes da oposição para discutir o tema. Ele tem sinalizado abertura para o diálogo, mas mantém cautela quanto a qualquer decisão que possa gerar instabilidade no Congresso.
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