De vampiro a travesti: relembre os papéis mais marcantes de Ney Latorraca
Morte do ator foi confirmada na manhã desta quinta-feira (26/12), vítima de câncer de próstata
O ator e diretor Ney Latorraca faleceu aos 80 anos, na manhã desta quinta-feira (26/12). A causa da morte foi sepse pulmonar, decorrente de um câncer de próstata que tratava. Internado desde o dia 20 na Clínica São Vicente, localizada na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro, ele deixa um legado marcante no teatro, cinema e televisão brasileira.
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Natural de Santos, litoral paulista, Antonio Ney Latorraca iniciou sua trajetória artística com apenas seis anos de idade. Na época, participou de uma radionovela da Record. Depois, no teatro estudantil, ganhou sua primeira grande oportunidade em 1965, na peça “Reportagem de um Tempo Mau”. Por causa da censura da Ditadura Militar, a montagem foi interrompida.
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Ney optou por estudar arte dramática na Universidade de São Paulo (USP), enquanto trabalhava em uma agência bancária e em uma loja de roupas femininas. Ele começou na televisão como figurante na TV Tupi, teve uma breve passagem pela TV Cultura em 1974 e atuou em 5 novelas na TV Record.
Sua estreia na TV Globo aconteceu em “Escalada” (1975), onde interpretou Felipe, apaixonado por sua professora de piano, vivida por Nathalia Timberg. A partir daí, Ney Latorraca se consolidou como um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira, atuando em 18 novelas, 6 minisséries e 8 seriados.
Entre seus papéis mais icônicos estão Vlad, da novela “Vamp” (1991); Barbosa, do humorístico “TV Pirata” (1988-1992); Ernesto Gattai na minissérie “Anarquistas, Graças a Deus” (1984); a travesti Anabela em “Um Sonho a Mais” (1985); Mederiquis em “Estúpido Cupido” (1976); Tonho em “Cabocla” (1979); Esmeraldo em “Memórias de um Gigolô” (1986), Cornélio em “O Cravo e a Rosa” (2000) e Nosferatu em “O Beijo do Vampiro” (2002).
No teatro, Ney atuou em espetáculos memoráveis, como “Hair” (1970), “Jesus Cristo Superstar” (1972), “Bodas de Sangue” (1973) e “A Mandrágora” (1975). Seu currículo inclui também 23 filmes e 13 peças teatrais.
Seu último trabalho foi quando já estava aposentado, numa participação especial na série “Cine Holliúdy” (2019-2023), onde reprisou seu famoso personagem Conde Vlad.
Além disso, Ney é conhecido por ter sido o primeiro a realizar feitos históricos. Ele foi o primeiro ator a interpretar uma cena de estupro em novela. Em 1980, fez a cena marcante junto com Vera Fischer em “Coração Alado”, de Janete Clair. Ele também foi o primeiro ator a posar nu no Brasil, em fotos para a revista Contigo no ano de 1987.
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