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Opinião: Ivan, de “Vale Tudo”, é bom moço até a crise de Heleninha começar

O que vemos, na prática, é um comportamento que se assemelha ao de muitos homens que abandonam suas companheiras quando a doença se torna inconveniente

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*As informações contidas neste texto são de responsabilidade dos colunistas e não expressam necessariamente a opinião do portal LeoDias.

          No centro da turbulência entre Heleninha (Paolla Oliveira) e Ivan (Renato Góes), em “Vale Tudo”, é fácil cair na armadilha de olhar só para os surtos dela e esquecer o papel silencioso — mas decisivo — que ele desempenha. A verdade é que Ivan não é um coitado pego de surpresa por uma esposa doente. Ele escolheu se casar com Heleninha sabendo do alcoolismo dela. E mais: manteve essa relação mesmo diante de sinais claros de que havia ali outros transtornos de personalidade não tratados.

          O que vemos, na prática, é um comportamento que se assemelha ao de muitos homens que abandonam suas companheiras quando a doença se torna inconveniente. Ivan até se mostra solidário em momentos pontuais, quando Heleninha se sente insegura, ou quando ele tenta incentivá-la a trabalhar. Mas é uma solidariedade superficial. Ele não se envolve de fato na busca por tratamento, não incentiva o vínculo dela com o filho, nem a aproxima de ajuda profissional.

          Ivan parece confortável com Heleninha enquanto ela está sob controle — funcional, “apresentável”, útil até. Ele curte o papel de salvador, o centro da vida dela, o homem que tudo resolve. Enquanto a rotina está favorável, com viagens e prestígio profissional, tudo flui. Mas na primeira recaída, a paciência dele evapora.

          Quando Heleninha instala um app de rastreamento no celular do marido, o gesto é claramente invasivo e errático — mas revela o desespero de quem está em crise. A resposta de Ivan? Se afasta. Vai dormir na casa do pai. Até aí, compreensível. Mas a escalada emocional continua: Heleninha, alcoolizada, vai atrás dele, chora, implora, envia mais de 50 mensagens. Ivan, por sua vez, se fecha completamente e ainda a acusa de ser mimada, ignorando completamente o contexto de dependência e instabilidade emocional em que ela se encontra.

          Essa postura é mais comum do que parece. É o clássico padrão do homem que gosta da parceira vulnerável enquanto pode controlar a situação, mas que não está disposto a encarar o lado sombrio da doença — aquele que exige entrega, resiliência e compromisso de verdade.

          No fim das contas, Ivan não é apenas um espectador da tragédia. Ele é um personagem ativo. E não adianta empurrar a culpa para a doença de Heleninha. Ele estava lá, desde o início, sabendo exatamente onde estava se metendo. E escolheu não sair — até o dia em que deixou de ser conveniente.

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