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Opinião: Walcyr Carrasco derruba o tom leve e entrega uma estreia intensa em “Êta Mundo Melhor!”

Nada de conto de fadas: primeiro capítulo da nova novela das seis tem incêndio, morte e sequestro

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*As informações contidas neste texto são de responsabilidade dos colunistas e não expressam necessariamente a opinião do portal LeoDias.

          A estreia de “Êta Mundo Melhor!” chegou sem economizar na carga dramática. Logo no primeiro capítulo, o público foi surpreendido com a morte trágica de Filó (Débora Nascimento) e o sequestro do filho de Candinho (Sergio Guizé). A trama, escrita por Walcyr Carrasco e ambientada dez anos após os eventos de “Êta Mundo Bom!”, não se contentou em apenas reintroduzir personagens conhecidos — preferiu começar com um abalo sísmico emocional.

          A decisão de abrir a novela com cenas tão fortes mostra que a proposta aqui é outra. Apesar do nome, o mundo retratado no novo folhetim está longe de ser melhor: é cruel, perigoso e marcado por perdas. A morte de Filó em um incêndio — gravada com rigor técnico, em casa real e ao longo de cinco dias — não só choca, como também redefine o ponto de partida da história. Candinho, que um dia encantou o público com sua ingenuidade, agora surge como um pai destruído, em busca de justiça e do paradeiro do filho desaparecido.

          O tom rural e otimista da novela original ainda existe, mas agora aparece cercado por uma atmosfera mais sombria, quase de thriller emocional. É uma mudança de registro clara — e arriscada. Mas Walcyr Carrasco parece confortável com essa virada, confiando no envolvimento imediato do público.

          A direção de Amora Mautner acertou ao imprimir ritmo ágil ao capítulo de estreia. As apresentações de personagens foram feitas sem enrolação, com conflitos bem definidos e ganchos fortes.

          Nas redes, a reação foi intensa. Muitos celebraram a volta do universo de Candinho, mas não esconderam o choque com a tragédia inicial. Foi uma estreia que fugiu do lugar-comum das novelas das seis: não teve tom suave nem clima de “conto de fadas rural”. Teve dor, recomeço e um empurrão narrativo que deixa claro — ninguém vai ter tempo para se acomodar nessa história.

          Se depender da força dramática do primeiro capítulo, “Êta Mundo Melhor!” tem fôlego para fisgar o público desde já. Agora, o desafio será equilibrar nostalgia com novidade, emoção com leveza, e manter o ritmo sem perder o fio. A estreia mostrou coragem. E isso, na teledramaturgia, já é meio caminho andado.

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