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Acusações “bombásticas” de John Textor, do Botafogo, viram piada nos corredores do STJD

O gestor do Botafogo disse ter provas de uma suposta manipulação de resultados, mas ainda não as apresentou

03/04/2024 às 12:40

O estadunidense John Textor, gestor do Botafogo, está balançando os bastidores do futebol brasileiro com acusações de manipulação de jogos. Porém, nos corredores do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), a indicação é que o dirigente está apenas “jogando para a torcida” e o que ele tem até agora não prova nenhuma irregularidade em partidas da Série A do Brasileirão.

Segundo a ESPN, membros do tribunal desacreditam do potencial do relatório que está nas mãos do norte-americano e que, no caso, eles não seriam suficientes para provar manipulação de resultados no futebol brasileiro:

“Esses relatórios que ele está se baseando são ridículos. O maior feito da empresa foi analisar partida de handebol. O próprio dono da empresa já deu entrevista no Brasil informando que não bastam os relatórios, e sim mais provas”, disse um membro do STJD à reportagem.

Textor x STJD

Desde que Textor entrou com o primeiro pedido de abertura de inquérito sobre as supostas manipulações de resultados, o clima entre o STJD e o dirigente foi de tensão total.

Atualmente, no tribunal desportivo, o dirigente responde a um processo aberto após a partida do Botafogo contra o Palmeiras, podendo Textor ser punido com a aplicação de uma multa, mas não suspenso, já que a Procuradoria do STJD recorreu da decisão.

No inquérito sobre a suposta manipulação de resultados, o STJD chegou a pedir três dias para que o norte-americano apresentasse as provas, porém a defesa alegou que o órgão não tinha competência para julgar o caso, sendo pedido então 30 dias para reunir provas, prestar mais esclarecimentos e apresentá-las ao Ministério Público ou à Polícia Federal.

Vale ressaltar que os tribunais desportivos, tanto estaduais como o federal (STJD), não têm a função de investigar e julgar criminalmente as acusações feitas por Textor, tendo apenas como objetivo fiscalização à aplicação da legislação desportiva, prevista em leis como a Lei Geral do Esporte e o Estatuto do Torcedor.

Não existem tribunais desportivos nos Estados Unidos, de onde o gestor do Botafogo é natural, sendo uma especificidade do sistema judiciário brasileiro.

O que tem Textor?

O relatório no qual John Textor tem em mãos foi realizado pela empresa Good Game!, sediada na França e especializada em checar jogos e fazer análises de diversos lances, seja pela atuação de arbitragem, como cartões vermelhos, impedimentos e gols anulados, como também de jogadores, detalhando movimentações suspeitas durante os jogos.

John Textor conheceu a empresa graças ao Lyon, time francês do qual também é gestor. A Good Game! auxilia federações e órgãos esportivos franceses em análises de jogos com suspeita de terem sido manipulados.

O anúncio do relatório foi feito em 23 de novembro do ano passado, dias após Textor ser suspenso preventivamente pelo STJD por acusar “roubo” e fazer “sinais de dinheiro” em entrevista logo após a derrota do Botafogo para o Palmeiras, pelo Brasileirão.

No dia 7 de dezembro, menos de um mês após a apresentação do relatório ao público, ele foi encaminhado ao STJD, porém o tribunal desportivo ignora as acusações, arquivando o inquérito e um auditor chega a ironizar a atuação do Botafogo em campo no último Brasileirão, alegando ter sido pífia.

Depois disso, o dirigente botafoguense já afirmou ter ” juízes gravados reclamando de não terem propinas pagas”, além de afirmar ter provas de que o Palmeiras tem sido beneficiado há dois anos, apontando dois jogos do Palmeiras – contra Fortaleza e São Paulo – com suposta manipulação de resultado e até mesmo envolvimento de jogadores. Não foram apresentadas as provas; Textor afirma que levará ao Ministério Público (MP).

As comprovações ainda não chegaram ao MP do Rio de Janeiro. Segundo o senador Jorge Kajuru, Textor deverá ser convocado para apresentar as provas na CPI da Manipulação dos Jogos de Futebol, que investiga supostas manipulações de resultados, além de haver um pedido já encaminhado para a PF (Polícia Federal) apurar o caso. Não há data confirmada para o dirigente se apresentar à comissão.

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