Caio Paulista de lado, renovação de Lucas e planos: Presidente do São Paulo abre o jogo

A temporada de 2023 parecia que seria um caos no São Paulo, depois de um início nada inspirador que levou o técnico e ídolo Rogério Ceni a ser demitido, mas em uma reviravolta impressionante, o clube conseguiu algo que nunca aconteceu, o título da Copa do Brasil, além de repatriar o astro Lucas Moura, de quebra trazer James Rodriguez junto e em clima de renovação, o clube segue se preparando para o ano de 2024, como detalhou o presidente Júlio Casares para o portal LeoDias.

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O clube tricolor voltará à Libertadores, competição que não participa desde 2021 e acabou vendo os rivais triunfarem e encostarem em seu número de títulos. Desde que virou o primeiro tricampeão do torneio, o São Paulo viu Santos, Grêmio, Palmeiras e Flamengo empatarem na  quantidade de conquistas e agora almeja voltar ao cenário continental como grande força:

“O São Paulo vai entrar [em 2024] como sempre entrou: competindo. Isso não significa que seremos campeões, mas nós vamos brigar pelas competições e é isso que o torcedor quer, um time aguerrido, um time que luta, que às vezes, ganha, empata ou perde, mas sai contrariado de campo e o torcedor notou isso. Hoje tem uma cumplicidade muito grande”, exaltou Júlio Casares, com tom mais ameno aliado a uma esperança em um futuro mais glorioso para o tricolor.

Renovação tricolor

O estilo Júlio Casares é característico de sua gestão, marcada pelo tom de reconstrução. Dentro de campo, o dirigente fez questão de exaltar os “valores de Cotia” que estão surgindo e aproveitou para contar um pouco do que espera do elenco para o próximo ano, que já conta com reforços como Luiz Gustavo, Erick e Bobadilla:

“Com a permanência do Lucas [Moura], a volta do Galoppo e Ferraresi [lesionados durante boa parte do ano] e outros nomes que possam chegar, nós teremos um time forte para brigar pelas primeiras colocações, esse é o nosso desejo”, disse Casares, que fez questão de completar mantendo seu lema:

“Mas continuar o processo de reconstrução, o processo de um marketing avançado que tem a figura do Eduardo Toni, que é um grande diretor (…) Temos uma diretoria muito ativa e recolocarmos o São Paulo no cenário do protagonismo do futebol brasileiro e é isso que nos importa”, disse.

Tudo isso acaba por ser contraponto ao ano iniciado de forma conturbada, com uma eliminação vergonhosa para o Água Santa no Paulistão e a trágica demissão do técnico e ídolo Rogério Ceni, que foi coroada com a vinda de Dorival Júnior, Lucas e a taça da Copa do Brasil:

“O mandato começou em 21, ganhamos um título paulista depois de muito tempo [16 anos], em 22 chegamos em duas finais, vice-campeonato do Paulista e da Sul-Americana, ou seja, o time apontava que tava sendo competitivo e em 2023 veio o grande ano”, disse Casares, relembrando a jornada de sua gestão.

Caio Paulista, página virada

Aliás, falando em renovação, Casares não se escondeu do assunto Caio Paulista, grande polémica que rodeou o Morumbi no Natal. O lateral que atuou emprestado no tricolor em 2023, estava a um passo de ser contratado oficialmente, mas acabou fechando com o Palmeiras, arquirrival:

“Isso é uma página virada. O São Paulo tem que trabalhar e cada profissional escolhe o seu caminho. Ele que tenha sorte na vida, mas jogar no São Paulo tem que ter amor ao São Paulo e o São Paulo nunca será refém de nenhuma situação. Temos que fazer como foi, renovamos com o Lucas, que não foi fácil, reforçamos o time agora com Luiz Gustavo, Erick e Bobadilla que eram procurado por outros times”, destacou o dirigente.

Lucas Moura, o trunfo tricolor

Lucas Moura é formado nas categorias de base do São Paulo e tinha sido protagonista do último título de grande porte do tricolor, ainda em 2012 – a Sul-Americana. Voltou em 2023, depois de rodar no futebol europeu por 10 anos para dar uma nova taça de grande porte para o time paulista, virando o grande trunfo da atual gestão:

“A renovação do Lucas era uma prioridade máxima para nós. Ele veio por contrato de três meses, performou muito bem, tem uma história com o clube e a nossa relação é muito boa. O Lucas mesmo em Londres nós nos encontrávamos, ele quando vinha para o Brasil almoçava comigo, assistia jogos, dava palestras para os meninos da base”, destacou, complementando com a frase: “Essa renovação realmente foi a maior contratação do São Paulo”.

Já James Rodríguez, astro da Colômbia e outro nome que chegou badalado, acabou por ser menos aproveitado, mas de acordo com Casares, não é objetivo do clube descartar um jogador com as qualidades dele:

“É um grande jogador e uma grande contratação. Chegou num momento que o São Paulo estava muito entrosado, talvez a comissão técnica tenha uma questão tática”, disse ao analisar o pouco tempo de jogo do colombiano.

“Nós esperamos que ele possa evoluir junto com a comissão técnica. Nós vamos ter o calendário de novo com muitos jogos, vai ter Libertadores, Campeonato Regional, Brasileirão e isso faz com que você tenha que ter um elenco grande e acredito que todos vão poder jogar e colaborar muito”, concluiu.
 

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