Com sucesso em SP, liga de futebol americano pode estar a caminho do RJ
Roger Goodell, presidente da NFL, ficou bastante satisfeito com a experiência no Brasil e abriu as portas para uma partida no Rio
A histórica primeira partida da NFL em solo brasileiro abriu as portas para mais partidas da liga estadunidense de futebol americano aqui no Brasil e o próximo palco, segundo o próprio presidente da entidade, pode ser o Rio de Janeiro.
A vitória do Philadelphia Eagles por 34 a 29 sobre o Green Bay Packers, na Neo Química Arena, na última sexta (6/9), foi acompanhada por Roger Goodell, comissário da NFL – cargo equivalente ao de presidente, que se animou com o que viu em São Paulo e abriu as portas para uma nova visita, dessa vez em solo carioca -.
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NFL no Brasil
Apesar da empolgação, Roger, que está na presidência da NFL desde 2006, foi cauteloso ao falar sobre novos eventos, mas se depender do alto escalão da liga, o Brasil está na rota para novos jogos.
“Nós não buscamos mais eventos pontuais. Passamos tempo pensando em alternativas, em como construir um mercado, uma base de fãs, e em trazer esse acesso para os torcedores. Nós vimos essa paixão aqui, e estamos convencidos disso. Então, queremos ficar a longo prazo”, disse o dirigente a ESPN.
“Há muitas cidades no Brasil que querem um jogo também. O Rio está batendo na porta. É uma possibilidade”, completou Goodell, abrindo caminho para partidas da NFL em solo carioca.
Roger tem um trabalho de internacionalização da NFL que vem desde o seu início na companhia, com uma iniciativa de 2007, um ano após ele se tornar comissário. México, Inglaterra e Alemanha já receberam partidas da liga. Em 2025, será a vez do Santiago Bernabéu, em Madri, receber um jogo.
A escolha do Brasil, segundo ele, teve influências por trás, incluindo jogadores da liga, como os quarterbacks Tom Brady e Russell Wilson, que compartilharam com o comissário o mercado promissor que pode ser o país tupiniquim; a resposta veio na bilheteria, pois os 47 mil ingressos foram esgotados em duas horas.
“É uma forma de compartilhar nosso jogo, e é nisso que nos concentramos. Se pudermos levar nosso jogo para mais fãs, eles o abraçarão. Tudo ganha vida. Isso torna todo o processo de desenvolvimento de uma base de fãs muito mais rápido”, disse Goodell.
Faturamento alto
A partida da liga estadunidense no Brasil rendeu frutos ao Corinthians, que cedeu o estádio para a partida. No total, a NFL pagou o montante de 500 mil dólares (R$ 2,8 milhões), sendo 450 mil dólares (R2,4 milhões) para o Timão ceder a Neo Química Arena, além de outros 50 mil dólares (R$ 270 mil) em custos operacionais da partida.
Feito para o futebol tradicional, o estádio precisou passar por alterações na estrutura do campo para atender o esporte estadunidense, com as marcações diferentes e as traves do futebol americano. Além disso, as modificações aumentaram a capacidade do estádio para 50 mil pessoas.
Houve também uma mudança temporária de nome no estádio, com o naming right da Neo Química Arena sendo trocado por “Arena Corinthians”. Também foram retiradas as estampas das patrocinadoras do Timão, sendo substituídas pelos parceiros comerciais da NFL.
O Corinthians também fez as suas exigências, e um tema que foi debate para a partida veio da rivalidade com o Palmeiras. O Philadelphia Eagles, mandante da partida, tem a cor verde em sua paleta de cores, mas precisou fazer algumas mudanças.
Em negociações, os Eagles decidiram não jogar com a cor verde habitual, lançando um uniforme especial para o confronto no Brasil, nas cores alvinegras. A diretoria do Timão também acertou com os estadunidenses que a cor do arquirrival seria totalmente ignorada no envelopamento do estádio. De verde, só teve o campo.
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