Corinthians: Defesa de Augusto Melo pede anulação de inquérito
Ex-presidente do Corinthians questiona competência da Polícia Civil e pede rejeição das denúncias feitas pelo Ministério Público

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A defesa do ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, pediu a anulação do inquérito policial que o investiga por lavagem de dinheiro, associação criminosa e furto qualificado, alegando incompetência da Polícia Civil, já que o caso envolve uma casa de apostas internacional. O Ministério Público, por sua vez, denunciou Melo e outros dois ex-diretores, pedindo indenização de R$ 40 milhões ao clube e bloqueio de bens. Melo já foi afastado pelo Conselho Deliberativo e enfrenta um processo de impeachment.
A defesa de Augusto Melo, ex-presidente do Corinthians, apresentou pedidos à 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa, Lavagem de Bens e Valores da Capital de São Paulo, para anular o inquérito da Polícia Civil. Além disso, busca a rejeição liminar das denúncias apresentadas ao Ministério Público, que investigam supostas irregularidades envolvendo o clube e uma casa de apostas.
A investigação conduzida pelo delegado Tiago Fernando Correia apurou irregularidades em contrato vigente entre o Corinthians e a casa de apostas entre janeiro e junho de 2024. Augusto Melo foi indiciado por lavagem de dinheiro, associação criminosa e furto qualificado. Também foram denunciados os ex-diretores do clube Marcelo Mariano e Sérgio Moura, além do empresário Alex Cassundé, apontado como intermediário no caso.
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Argumentos da defesa sobre a competência da investigação
Os advogados de defesa de Augusto Melo, Ricardo Hasson Sayeg e Rodrigo Campos Hasson Sayeg, sustentam que a Polícia Civil não tinha competência para conduzir o caso. Eles explicam que a casa de apostas é administrada por uma empresa registrada em Curaçao, uma ilha holandesa no Caribe, que realiza pagamentos em dólares. Por isso, defendem que a investigação caberia à Polícia Federal.
No documento apresentado, a defesa aponta que as provas colhidas são “elementos vazios, irregulares e direcionados, colhidos por autoridade absolutamente incompetente”. Segundo os advogados, “a Polícia Civil do Estado de São Paulo é incompetente para conduzir o inquérito, uma vez que os fatos investigados envolveriam lavagem de dinheiro com forte componente internacional, atraindo assim a competência da Polícia Federal e da Justiça Federal”.
Denúncia do Ministério Público e consequências para o clube
Na última quinta-feira (10/7), o Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia formal contra Augusto Melo pelos crimes de lavagem de dinheiro, furto e associação criminosa. Marcelo Mariano e Sérgio Moura também foram denunciados. O pedido dos promotores inclui uma indenização de R$ 40 milhões a ser paga ao Corinthians e o bloqueio dos bens das pessoas físicas e jurídicas envolvidas.
Os desdobramentos dessa investigação tiveram impacto direto na administração do clube. Em 26 de maio, o Conselho Deliberativo aprovou o afastamento de Augusto Melo. Agora, uma nova votação com os associados está marcada para 9 de agosto, quando será decidido se o ex-dirigente sofrerá impeachment definitivo.
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