Diretor do Grêmio detona CBF por falta de ajuda aos clubes do RS após tragédia

A tragédia no Rio Grande do Sul abalou o Brasil e teve consequências no futebol, com os clubes gaúchos tendo de reconstruir suas estruturas e ainda buscar refúgio fora do estado e, de acordo com o diretor executivo de marketing do Grêmio, toda essa luta pós-tragédia está sendo travada sem nenhuma ajuda da CBF, instituição máxima do futebol brasileiro.

O tricolor gaúcho está avaliando danos e começando as recuperações em sua Arena e o gramado será totalmente replantado, após ficar 20 dias submerso. A expectativa é que volte a ter condições de jogo em algumas semanas.

Também terão custos para a recuperação de seus três centros de treinamento (profissional, categorias de base e escolinhas). Todos foram duramente castigados pelas enchentes.

Veja as fotos

Abrir em tela cheia

Reprodução

Reprodução

Reprodução

Reprodução

Voltar Próximo

Leia Também

Esportes

Com dificuldades, Grêmio cogita passar o resto do ano sem jogar na Arena

Esportes

Em Brasília, torcidas organizadas rivais se unem para ajudar o RS

Esportes

Goleira do Grêmio e da Seleção pede ajuda para reconstruir casa da família no RS

Esportes

Grêmio e Inter deixam rivalidade de lado e lançam camisa para angariar fundos a vítimas no RS

Críticas à CBF

Em entrevista ao UOL, Henrique Gutierres – diretor executivo de marketing do Grêmio – questionou a inércia da CBF em atitudes para ajudar nessa reconstrução. Segundo ele, a “única coisa que a CBF fez foi a paralisação” do Campeonato Brasileiro durante duas rodadas.

“Se a gente ver quais foram as decisões da CBF que ajudaram as equipes do Sul, a gente vai ver que não teve, né? Basicamente, a CBF delegou para cada clube a sua negociação. A única coisa que a CBF fez foi a paralisação do Campeonato Brasileiro por duas rodadas, mas também o fez porque sofreu uma pressão enorme dos clubes e, principalmente, da sociedade”, disse o dirigente.

Henrique alegou que as ações pontuais da CBF, como arrecadação de alimentos e doações em dinheiro, não evoluíram para projetos mais concretos a médio e longo prazo em um momento determinante, que é a reconstrução pós-tragédia.

“Até onde eu sei, ainda não tem nenhum projeto estruturado via CBF para ajudar na reconstrução. Até onde eu sei, nem financeiro”, enfatizou.

União de rivais

Henrique é um dos nomes por trás da coordenação do projeto de união entre os arquirrivais Internacional e Grêmio, chamada de “Jogando Junto – Pela Reconstrução do RS”, onde o objetivo é arrecadar doações de empresas para a reestruturação.

Colorados e tricolores lançaram uma camisa conjunta na cor roxa, unindo o vermelho do Internacional e o azul do Grêmio.

Com a nova camisa, os dois rivais pretendem que todas as receitas sejam usadas para auxiliar as vítimas das enchentes. Os dois clubes não declaram se vão entrar em campo com ela, mas existe a possibilidade que joguem em algum momento com essa camisa especial de forma simbólica.