Dividido em dois, Vasco busca acordo por venda para voltar a ser um só. Entenda!
Clube tem enfrentado a 777 Partners, sócia da Vasco SAF, em uma disputa judicial para definir o futuro do Cruzmaltino no futebol
O Vasco, atualmente, se divide entre o clube associativo e a empresa “Vasco SAF”, responsável pelo futebol. Até recentemente, o presidente da associação, Pedrinho, era responsável apenas pelos esportes olímpicos, como o basquete, mas por conta de uma briga judicial contra a 777 Partners, sócia majoritária da Vasco SAF, o ex-jogador e ex-comentarista se tornou decisivo para o futuro do Cruzmaltino nos gramados. O portal LeoDias te explica agora quais são os próximos passos do clube carioca.
Obviamente, o tradicional Vasco, Cruzmaltino da Barreira, é só um, fundado em 1898, campeão da Libertadores, tetra Brasileiro, e como o próprio hino diz: “no atletismo és um braço, no remo és imortal”, entre outros esportes do qual a associação Vasco da Gama tem sua marca registrada.
Em 2022, com novas regras instituídas no futebol brasileiro, surgiu a Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Vasco. A empresa que ficou responsável pelo futebol do Cruzmaltino foi criada em parceria com a estadunidense 777 Partners, que fez o compromisso de pagar R$ 700 milhões por 70%. Desse valor, foi aportado cerca de R$ 310 milhões e, por contrato, outros dois aportes deveriam ser feitos, um neste ano e outro em 2025 – aí que começam os problemas.
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Crise na 777 e batalha judicial
O Vasco, clube associativo, entrou com ação contra a 777 e conseguiu na 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital, no Rio de Janeiro, uma liminar que corre em segredo de Justiça e determinou que Pedrinho e a associação passe a ter o controle da empresa Vasco SAF. O portal LeoDias teve acesso ao documento.
Na decisão, é alegado que a 777 passou a “atuar abusivamente e ocultando informações vitais”, e que além dos “resultados esportivos da equipe vascaína de futebol, decorrente da má gestão, foram descobertos diversas artimanhas financeiras que arruínam a cada dia as finanças da sociedade [Vasco SAF]”.
Também foi relatado a “derrocada financeira” enfrentada pela 777 Partners que está com problemas judiciais por todo mundo, inclusive tendo as contas bloqueadas na Bélgica, onde é dona do Standard Liege.
Por esse motivo, a 777 colocou os sete clubes que tem ao redor do mundo à venda e o amontoado de problemas nos tribunais levou a Justiça estadunidense a instituir que a seguradora A-CAP ficasse no controle da empresa.
O Vasco acertou uma “trégua” com a A-CAP para que a liminar fosse revogada, já que o clube não terá de tratar mais com a 777. As conversas envolvem a empresa Moelis, especializada em reestruturação financeira, que está envolvida nas negociações para uma gestão futura do clube da Colina.
Enquanto isso, Pedrinho segue dando as ordens no futebol do Vasco. A seguradora A-CAP, em conjunto com o clube associativo, está correndo atrás de um novo investidor para a SAF e já declarou que não tem interesse em ficar.
Venda do Vasco
Com o futebol do Vasco à venda, resta buscar investidores. De acordo com fontes dentro do clube, o presidente Pedrinho e seu staff tratam como prioridade arrumar um novo investidor e está descartada a chance da Vasco SAF ser extinguida.
Outra dúvida frequente que ecoa nos bastidores e foi refutada, é que a seguradora A-CAP poderia vender sua parte no Vasco sem anuência do clube. Para que a Vasco SAF tenha um novo investidor, o presidente Pedrinho tem que dar o aval, bem como o Conselho Deliberativo do clube.
A suspensão da ação movida pelo Vasco contra a 777 Partners expira ainda este mês, mas pode ter o período estendido e a tendência é que esse tempo se prorrogue. Pedrinho e o clube associativo têm mantido boa relação com a A-CAP, o problema mesmo tem sido achar investidor.
O grande empecilho é o processo movido pelo fundo de investimento inglês Leadenhall, que recentemente entrou na Justiça dos Estados Unidos com uma liminar contra a dissipação de ativos da 777. Dependendo da decisão, a A-CAP pode ser impedida de negociar os clubes da empresa.
A Leanderhall acionou a Justiça porque acusa a 777 de dar como garantia de empréstimo ativos no valor total de 350 milhões de dólares (R$ 1,8 bilhão) que não lhe pertenciam ou que já haviam sido oferecidos como garantia a outras empresas.
De acordo com o fundo inglês, o grupo que atualmente comanda o Vasco é controlado por outra empresa estadunidense, a A-CAP. Isso acontece, segundo a ação, porque a 777 deve mais de 2 bilhões de dólares (R$ 10,1 bilhões) à A-CAP.
A A-CAP negou ao jornal inglês “Financial Times” que controle a 777 e chamou as acusações de “infundadas e uma tentativa desesperada da Leadenhall de buscar pagamento da A-CAP ao mesmo tempo em que prejudica os segurados da A-CAP”.
Recentemente, Pedrinho afirmou que existem interessados dentro e fora do Brasil para investir na Vasco SAF e que o acordo com a seguradora que administra a “massa falida” do antigo parceiro vascaíno foi positivo, bem como a liminar que tirou o controle da 777.
O portal LeoDias entrou em contato com a assessoria do presidente Pedrinho, que ainda não retornou o contato. O espaço segue aberto. Já a Vasco SAF decidiu que não vai se pronunciar sobre o assunto. A 777 também afirmou que não vai se pronunciar.
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