Entenda por que futebol brasileiro jogou mais de 100 minutos só em acréscimos

Na terça-feira (6/8), o torcedor brasileiro teve de aguentar os 15 minutos de acréscimos no duelo contra a Espanha, além de três a mais que não estavam previstos e o desespero bateu. Antes disso, já haviam sido 19 minutos segurando as francesas, donas da casa. Mas por que tanto acréscimo? O portal LeoDias te explica.

O padrão de aumento nos acréscimos é uma regra que a FIFA já havia adotado na última Copa do Mundo, no Catar, por conta do aumento de substituições de três para cinco, além de ter sido dada uma recomendação para acrescentar o tempo de comemoração dos gols.

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Seleção feminina do Brasil venceu a Nigéria em estreia nas Olimpíadas (Getty Images)

O Brasil saiu na frente do Japão, mas levou a virada no final e se complicou pela classificação (Getty Images)

Marta foi expulsa na primeira fase contra a Espanha e pegou dois jogos de suspensão (Getty Images)

Time feminino do Brasil superou a Espanha com vitória por 4 a 2 e chegou a final olímpica depois de 16 anos (Gaspar Nobrega/COB)

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Acréscimos exorbitantes

Na Copa do Mundo, os clubes chegaram a ter uma média de 9 minutos em acréscimos, mas nas Olimpíadas esse número chegou aos dois dígitos e, em média, o tempo extra no segundo tempo tem chegado aos 15 minutos.

A ideia em Paris é combater a cera, demora para reposição de bola, além de tudo que seja considerado uma forma deliberada de atrasar o jogo. A mensagem é clara: essas artimanhas não terão mais efeito prático porque o tempo vai ser acrescido ao final da partida.

Com os 18 minutos acrescentados contra a Espanha na semi, os 19 minutos contra a França nas quartas e mais os acréscimos da primeira fase, o time feminino do Brasil já atuou em mais de uma partida só em tempo extra: 114 minutos no total.

No total, o Brasil atuou por 564 minutos em cinco jogos nas Olimpíadas, nove minutos a menos que o rival Estados Unidos, que ainda disputou uma prorrogação no mata-mata.

O “jogo a mais” que o Brasil atuou se acrescenta aos cinco duelos que foram feitos em menos de duas semanas – 12 dias, para ser exato -. 

O exagero tem sido normal também no futebol masculino, mas o futebol brasileiro tem sofrido com tempo extra acima da média. Foram 830 minutos a mais em 54 partidas nos torneios masculino e feminino da Olimpíada. Isso dá uma média de 15,37 minutos por jogo – só nas duas últimas partidas, o Brasil ultrapassou essa casa -.

Os 830 minutos representam nove jogos “a mais”, apenas em acréscimos.

Acréscimos no futebol da Olimpíada de 2024

FUTEBOL MASCULINO

498 minutos

30 jogos

Média de 16,6 minutos por jogo

FUTEBOL FEMININO

362 minutos

24 jogos

Média de 15 minutos por jogo

TOTAL

830 minutos

54 jogos

Média de 15,37 por jogo