FIFA anuncia punições para racismo dentro dos campos; regras valem mundialmente
Vini Jr. foi um dos jogadores convidados para integrar e implementar as novas medidas da FIFA contra o racismo
A FIFA (Federação Internacional de Futebol Associação) anunciou nesta quinta-feira (16/5) novas medidas para combater e punir o racismo praticado por torcidas durante os jogos. A federação irá obrigar que as mais de 200 filiadas (confederações de futebol nacionais de cada país) incluam em seus códigos disciplinares “sanções próprias e severas” em casos semelhantes.
A mais severa de todas é o risco de que, caso alguma torcida esteja praticando racismo contra jogadores, o jogo se encerre com derrota imediata do time que estiver associado ao ato racista.
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Outra medida proposta é um gesto de denúncia para avisar aos árbitros que insultos racistas estão sendo proferidos. Para fazê-lo, os torcedores deverão cruzar os braços juntando os dois punhos, fazendo o formato de um X, com mãos e dedos esticados. De acordo com o documento, a intenção é que isso se torne um gesto global dentro do futebol.
A proposta é que seja um novo gesto de arbitragem, seguindo a mesma lógica de um pedido do VAR (quando ele “desenha” um quadrado no ar). O árbitro irá repetir em campo o gesto de denúncia feito pela torcida e em seguida irá cumprir um protocolo de três passos:
- O árbitro deve parar e pedir um anúncio (ao sistema de som e/ou telão) exigindo o fim do comportamento racista;
- Caso os atos continuem, o árbitro pode suspender a partida temporariamente, com a saída dos times de campo e um novo anúncio de advertência;
- Caso o comportamento persista, o árbitro pode determinar o fim da partida, com derrota do time associado aos atos racistas.
Entra essas medidas, a FIFA anunciou também o Painel Antirracista formado por jogadores e ex-jogadores para aconselhar e acompanhar a implementação desse plano nas 211 associações nacionais de futebol. Vini Jr., que se tornou um símbolo da luta antiracista no esporte, foi um dos convidados para esse painel.
Sem poder político, a federação ainda prometeu usar do máximo de seu alcance para que o racismo seja reconhecido como crime em todos os países, além de criar programas de educação antirracistas para crianças.
O plano foi apresentado pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, e nesta sexta-feira (17/5), será aprovado pelo Congresso — do qual participam as 211 associações filiadas, incluindo a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) -.
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