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Presidente da CBF chama de “branda” a pena de torcedores racistas com Vini Jr.

Ednaldo Rodrigues achou pouco os oito meses de prisão para os torcedores que atacaram Vini Jr. com insultos racistas

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          A condenação inédita de três torcedores do Valencia, na Espanha, por ataques racistas a Vinícius Júnior está rendendo e Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, decidiu se pronunciar sobre o caso. De acordo com o dirigente, a pena foi “branda”.

          A Justiça espanhola decidiu que três torcedores identificados por insultos racistas a Vini Jr. durante uma partida do Campeonato Espanhol, no ano passado, fossem presos por oito meses, além de pagar multas e serem impedidos por dois anos de frequentarem estádios. 

          Veja as fotos

          Vini já precisou ir aos tribunais espanhóis para buscar justiça. Foto: Reprodução
          Vini já precisou ir aos tribunais espanhóis para buscar justiça. Foto: Reprodução
          Vini ganhou o prêmio Dr. Sócrates por sua luta social e combate ao racismo. Foto: Reprodução
          Vini ganhou o prêmio Dr. Sócrates por sua luta social e combate ao racismo. Foto: Reprodução
          Vini Jr. voltou ao Mestalla neste ano e fez um grande jogo. Foto: Reprodução
          Vini Jr. voltou ao Mestalla neste ano e fez um grande jogo. Foto: Reprodução
          Vini Jr. voltou ao Mestalla neste ano e fez um grande jogo. Foto: Reprodução
          Vini Jr. voltou ao Mestalla neste ano e fez um grande jogo. Foto: Reprodução

           

          Pena branda

          Ednaldo esperava uma pena maior para os delinquentes, no que considerou um ato que “fere de uma forma profunda o coração de quem sofre”, mas também ressaltou que o ineditismo da condenação, ainda é algo a se comemorar.

          “Para mim, particularmente, é uma pena branda para um ato de racismo que fere de uma forma profunda o coração de quem sofre. Mas é uma pena e daí vai se buscando regulamentar, aperfeiçoar [a legislação] para que possa ter penas mais pesadas. Oito meses eu entendo ser muito pouco, mas é um início e é assim que nós queremos que possa, no mundo inteiro, estar falando a mesma linguagem”, declarou o presidente da CBF.

          O dirigente aproveitou para ressaltar os programas contra o racismo executados pela CBF, destacando que a entidade máxima do futebol brasileira é a “primeira entidade de futebol no mundo a colocar penas esportivas no seu Regulamento Geral de Competições”.

          “Desde o início da nossa gestão, foi uma das bandeiras que a CBF defendeu de uma forma muito veemente. E no início nós chamamos a Conmebol, UEFA e FIFA para que pudessem intensificar o combate ao racismo. No início foi de uma forma tímida, apenas colocando multas em valores que às vezes aumentavam. E a proposta da CBF não era para que pudesse pagar para ser racista. A proposta da CBF era para que pudesse ter penas esportivas, assim como a CBF fez, ela sendo a primeira entidade de futebol no mundo a colocar penas esportivas no seu regulamento geral de competições. Isso para chamar a atenção que estava cada vez mais crescendo o racismo, não só no Brasil, mas em todo o mundo e principalmente no futebol. E a gente sabe que não é só no futebol, em todos os segmentos da sociedade. Nós tivemos uma parceria muito grande com a FIFA”, destacou.

          O presidente ainda falou sobre o amistoso contra a Espanha, realizado em março, no estádio Santiago Bernabéu, em Madri. A partida marcou uma parceria entre as duas federações e teve ações contra o racismo.

          “Quando nós fizemos aqueles dois jogos amistosos lá na Espanha, muitos questionaram: ‘Por que a CBF estava fazendo um jogo onde o atleta mais sofre racismo?’ Foi exatamente para dizer, olha, racistas, nós estamos aqui e um dia vai acabar. E quando a FIFA colocou agora no Congresso na Tailândia que todas as federações pudessem incluir nos seus regulamentos penas desportivas para qualquer ato de discriminação nos estádios, isso foi aplaudido por todas as 211 associações. Quando o Vinícius Júnior sofria todo tipo de discriminação, a CBF não se calou. Ela fez com que também as autoridades da Espanha, as autoridades do Brasil pudessem se envolver também e buscar punições. Isso realmente acontece”, completou.

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