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Punido, Santos é autorizado pela Justiça a jogar com público para doar renda ao RS

O Santos havia sido condenado a jogar seis jogos sem torcida por confusão na última rodada do Brasileirão do ano passado

          O caos vivido no Rio Grande do Sul motivou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a tomar uma medida inusitada, autorizando o Santos a jogar com 100% do público na próxima partida pela Série B, mesmo com o clube punido por conta de uma confusão generalizada na última rodada do Brasileirão do ano passado. Toda a renda dos ingressos será revertida em doações para os gaúchos.

           

          A decisão do STJD prevê que o valor mínimo para a doação será de R$ 500 mil, ou seja, caso a venda de ingressos não atinja o valor, o Santos terá de complementar. As cortesias foram vetadas.

           

          O Santos também foi orientado a buscar a Defesa Civil e o Conselho Regional de Medicina (CRM) do Rio Grande do Sul para que seja debatido a possibilidade de enviar as doações em cestas básicas, colchões, remédios, mantas térmicas e outros produtos de higiene pessoal.

           

          Apesar do ato de caridade, o Santos continuará com a suspensão valendo e o clube da Vila ainda terá de jogar mais três partidas na Série B com os portões fechados.

           

          Veja as fotos

          Santos foi punido por confusão na Vila Belmiro, após ser rebaixado à Série B, no ano passado. Foto: Reprodução
          Santos foi punido por confusão na Vila Belmiro, após ser rebaixado à Série B, no ano passado. Foto: Reprodução
          Santos foi punido por confusão na Vila Belmiro, após ser rebaixado à Série B, no ano passado. Foto: Reprodução
          Santos foi punido por confusão na Vila Belmiro, após ser rebaixado à Série B, no ano passado. Foto: Reprodução
          Santos foi punido por confusão na Vila Belmiro, após ser rebaixado à Série B, no ano passado. Foto: Reprodução
          Santos foi punido por confusão na Vila Belmiro, após ser rebaixado à Série B, no ano passado. Foto: Reprodução

           

          Relembre o caso

           

          O Santos, time do Rei Pelé, teve sua majestade ferida nesta quarta-feira (6/12) com o mais doloroso caminho de sua história, o rebaixamento, e a reação dos torcedores mostraram o tamanho do desespero santista, com a cidade do litoral paulista virando um verdadeiro caos, com bombas, pancadaria e carros queimados.

           

          As cenas lamentáveis ocorreram logo após o “tiro final” do rebaixamento para o alvinegro praiano, pela última rodada do Brasileirão de 2023. Após o segundo gol do Fortaleza, já no final do jogo,que decretou a queda após uma combinação de resultados, em um chute do meio campo – o famoso gol que Pelé não fez, rebaixou o clube.

           

          Muitas bombas foram arremessadas ao gramado. Muitas cadeiras foram quebradas. Até vidros de andares superiores do estádio foram arrancados – o árbitro teve de encerrar a partida antes do apito final.

           

          As cenas de vandalismo foram levadas também para fora do estádio, encurralando jogadores de ambos os times e os profissionais da imprensa, que precisaram buscar locais seguros para fugir das cenas de horror dentro e fora da Vila Belmiro.

           

          Foram dezenas de minutos de medo, gás lacrimogêneo e de pimenta. Carros em chamas nas ruas. Ônibus em chamas em outras ruas. Os policiais correram pelo meio do gramado da Vila Belmiro como se estivessem num campo de guerra. Até mesmo um dos jogadores da equipe, o atacante colombiano Mendoza, teve seu veículo queimado e destruído nas redondezas do estádio.

           

          Os jogadores precisaram se proteger também do gás de pimenta usado pela Polícia Militar para conter confusões do lado de fora do estádio. Depois de cerca de dez minutos, todo o elenco deixou o gramado sob “chuva” de objetos atirados por esses torcedores. Principalmente cadeiras.

           

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