Todo mundo odeia o Cucurella? Saiba quem é o lateral que brilhou contra Flu e Palmeiras
Protagonista do Chelsea no Mundial de Clubes, espanhol é marcado por provocações, polêmicas e vaias constantes desde a Euro 2024, e se tornou um dos personagens mais contestados do futebol atual
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Marc Cucurella, lateral do Chelsea e da seleção espanhola, se tornou uma figura controversa no futebol por seu estilo de jogo provocador. Sua postura, marcada por lances polêmicos e declarações que dividem opiniões, gerou atrito com torcedores alemães, brasileiros e até com o atacante Haaland. Apesar das críticas e da fama de "chato", Cucurella vive bom momento na carreira, sendo titular em seus clubes e recebendo alto salário. Na Copa do Mundo de Clubes, ele continuou a chamar atenção por seu estilo combativo, tornando-se alvo da antipatia de torcedores rivais.
Marc Cucurella, de 26 anos, não passa despercebido. Lateral-esquerdo titular do Chelsea e da seleção espanhola, o jogador é, hoje, um dos nomes mais falados do futebol internacional. Não só pelo desempenho em campo, mas pela figura controversa que representa. Entre vaias, provocações e declarações que dividem opiniões, o espanhol se transformou em uma espécie de vilão esportivo. O rótulo se confirmou durante a Copa do Mundo de Clubes da Fifa, nos Estados Unidos, quando ele atraiu a antipatia de parte da torcida brasileira.
Na semifinal contra o Fluminense, na terça-feira (8/7), Cucurella entrou em campo com o estilo combativo que o consagrou, e também o condenou aos olhos de muitos. Em um lance no meio de campo, por exemplo, disputando a bola com Soteldo, o espanhol forçou o contato e provocou uma reação do venezuelano, que acabou acertando o rival com o braço e recebeu cartão amarelo. A jogada sintetizou o estilo do lateral: marcador persistente e provocador.
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A origem do conflito com os alemães
O início do atrito mais marcante da carreira recente de Cucurella se deu na Eurocopa de 2024. Na partida entre Espanha e Alemanha, válida pela semifinal da competição, um toque na mão do lateral dentro da área espanhola gerou polêmica. O lance não foi revisado pelo VAR, e o árbitro mandou seguir.
Após a classificação da Espanha, o jogador foi questionado sobre o episódio. “Sou jogador e não me meto nisso. Se os árbitros disseram que não foi pênalti, eu sigo respeitando. São eles que têm essa responsabilidade e devem tomar essas decisões. E se eles disseram, eu digo que não foi mão”, respondeu.
A resposta gerou revolta entre os torcedores alemães. Desde então, Cucurella passou a ser vaiado sempre que toca na bola em jogos realizados na Alemanha ou contra times alemães. A rejeição se intensificou mais ainda após a Espanha conquistar o título da Euro.
Provocações fora de campo
A postura provocadora de Cucurella também se estende aos bastidores. Após o título europeu, ele participou de uma comemoração que viralizou entre os espanhóis e gerou novo incômodo, dessa vez com o atacante Erling Haaland, do Manchester City. A provocação foi feita em forma de canto: “Cucurella come paella, Cucurella bebe Estrella. Haaland treme porque o Cucurella vem aí.”
O jogador norueguês, no entanto, não respondeu diretamente e ignorou o episódio. Ainda assim, a frase se espalhou rapidamente pelas redes sociais e reforçou a imagem do espanhol como um jogador disposto a provocar mesmo quando não está em campo.
A recepção no Brasil
Na partida contra o Palmeiras, pelas quartas de final do Mundial, Cucurella também esteve no centro da tensão. Desde os primeiros minutos, marcou de perto Estevão, jovem revelação do time paulista e futuro companheiro de time do lateral. Em um momento do jogo, demonstrou incômodo com o estilo do brasileiro e tentou desestabilizá-lo com provocações verbais. A torcida palmeirense reagiu com vaias constantes a cada toque na bola do espanhol.
A situação ganhou peso simbólico pelo fato de Estevão estar de saída para o Chelsea, clube que comprou seus direitos federativos. Mesmo assim, Cucurella não poupou esforços para tirá-lo do jogo, e não hesitou em manter o padrão provocador que o acompanha.
Entre críticas e reconhecimento
Apesar da fama de “chato”, Cucurella vive um dos melhores momentos da carreira. Titular no Chelsea e na Espanha, é reconhecido por sua entrega, consistência defensiva e intensidade física. O salário também é compatível com o protagonismo: cerca de R$ 4,8 milhões por mês.
Fora de campo, sua figura é constantemente associada a memes, vídeos de provocações e debates acalorados entre torcedores. O próprio jogador já comentou sobre essa imagem: “Acho que é do futebol [as provocações]. Tento fazer meu trabalho.”
Próximo desafio
Contra o Fluminense, Cucurella teve a missão de marcar Jhon Arias, principal articulador do time carioca. E como já se tornou habitual, entrou em campo como um dos nomes mais observados e, por parte da torcida adversária, mais rejeitados.
O lateral espanhol talvez não busque a simpatia do público, mas dificilmente sai de um jogo sem ser notado. Entre provocação, resistência e personalidade, Marc Cucurella tornou-se um personagem central da Copa do Mundo de Clubes e, para muitos, o jogador mais odiado do torneio.
Na final do Mundial, no próximo domingo (13/7), contra o PSG ou Real Madrid, o mundo observará se Cucurella irá protagonizar mais um motivo para ser temido e mais odiado. Quem sabe, até mesmo se torne um meme por não conseguir ser combativo contra os dois melhores e mais poderosos clubes do momento, e ganhe rejeição da torcida do próprio time. Herói ou vilão? Eis a questão.
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