Torcedor do Corinthians que comprou cabeça de porco fala pela 1ª vez: “Provocação sadia”
O influenciador digital conhecido como Rafael Modilhane assumiu a autoria da compra da cabeça de porco
O responsável pela cabeça de porco que surgiu no gramado da Neo Química Arena, em clássico entre Corinthians e Palmeiras, se apresentou na 6ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), prestando depoimento e se defendendo em entrevista à imprensa presente no local.
Osni Fernando Luiz, que se identifica nas redes sociais como Rafael Modilhane, detalhou como bolou a ideia do que chamou de “provocação sadia” e afirmou que, em primeiro momento, não tinha planos de atirar a cabeça do animal em campo.
Veja as fotos
“No primeiro momento, eu levei a cabeça de porco para tirar uma foto no estacionamento, mais nada, por causa de uma brincadeira. Só quis fazer isso. Não quis confrontar alguém. Eu fui no mercadão”, revelou em entrevista ao UOL.
“Brincando no WhatsApp, falamos que vemos faixa de brincadeiras de sem Mundial, mas falamos que essa brincadeira estava velha demais”, acrescentou, citando a famosa provocação ao arquirrival Palmeiras.
“Pensamos, então, em ir para a Arena com a cabeça, no estacionamento, e tirar umas fotos. Nisso, eu falei que podia ver no mercadão da Lapa se tinha”, disse, detalhando como e onde foi feito a compra da cabeça de porco.
“A provocação é sadia, não peguei barra de ferro para agredir ninguém, não dei soco. O futebol raiz tem que viver, nos anos 90, todo mundo ia para o jogo junto, brincava com o outro. Hoje chegou em uma proporção que estão acabando com o futebol”, completou.
Errei, fui moleque!
Apesar de se defender, o torcedor pediu desculpas pelo episódio, citando o Corinthians e as autoridades em seu pedido de perdão.
“É uma brincadeira sadia. Eu nem sabia que ia repercutir isso. Mudou muita coisa na minha vida, mas quero pedir perdão pelo meu escudo, amo demais essa entidade, não quis prejudica-la. Quero pedir perdão às autoridades pela dor de cabeça que estou fazendo eles passarem, em momento algum quis causar isso”, disse Rafael.
O influenciador digital relatou ainda que perdeu um irmão para a briga entre torcidas organizadas, quando questionado sobre a incitação a violência com o ato.
“Eu ter jogado uma cabeça de porco está repercutindo mais do que aconteceu por aí. Não quero defender ninguém, mas eu já perdi o meu irmão por uma torcida organizada. Todo mundo sabe o que eu guardo no meu coração. Só fiz uma provocação sadia, saudável e isso repercutiu muito”, explicou.
Osni assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), documento para registro de infrações de menor potencial ofensivo, quando a pena é inferior a dois anos. O influenciador não será indiciado, mas já tem em curso um pedido de afastamento dos estádios.
Cabeça de porco e a polêmica
A cabeça do animal foi jogada em campo aos 28 minutos do primeiro tempo do dérbi paulista, disputado na segunda-feira (4/11). O atacante Yuri Alberto, do Corinthians, chegou a chutar o “objeto” para fora do gramado: “Eu quase quebrei o pé, pensei que era uma almofada e fui tirar com o pé para ir longe”, disse o atleta.
O delegado César Saad, da Delegacia de Repressão aos Delitos do Esporte (Drade), relatou que pessoas que trabalhavam na montagem da festa para recepção do clube, afirmaram que um homem atirou a cabeça de porco em uma sacola por cima das grades do Setor Sul da Neo Química Arena horas antes do início do clássico.
O Corinthians afirmou ao portal LeoDias que não se pronunciaria sobre o caso, mas se prontificou a colaborar com as investigações, disponibilizando as imagens de segurança da Neo Química Arena.
Segundo o clube, a Polícia Militar é a responsável pela revista no estádio e por isso deverá seguir com as investigações.
Segundo o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), no artigo 213, um clube pode ser punido por “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto”, porém o Corinthians pode escapar de uma punição, de acordo com o inciso 3º deste mesmo artigo, no qual é previsto que “um clube pode ser isento de responsabilidade em caso de desordem, invasão ou lançamento de objetos, desde que identifique e detenha o autor do ato”.
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