Letícia Sabatella revela que sofreu assédio na rua quando era criança
Artista tinha vergonha do seu corpo e por causa disso usava roupas masculinas
A atriz Letícia Sabatella esteve no programa Provoca, da TV Cultura, da última terça-feira (21/5) e desabafou sobre assédio que vivia quando era criança. Além disso comentou sobre seu diagnóstico tardio de autismo, em que muitas vezes tinha que ser um personagem porque era “muito complicado ser eu”.
“Tinha vergonha [do meu corpo] porque fui assediada muito cedo. Brincando na rua, menino passava a mão (…) eu vivia com casaco na cintura, blusão, me vestia sempre com roupas masculinas, andava com chapéu à noite, gostava muito de andar na rua, mas tinha medo, não podia, estava sempre disfarçada. As mulheres tem que se disfarçar para sobreviver…acho que no Rio de Janeiro e em São Paulo é diferente, mas vai no interior”, comentou a mineira de Belo Horizonte, citando o machismo e a misoginia.
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Outro assunto da conversa foi a respeito do seu diagnóstico tardio de autismo, revelado em setembro de 2023. Segundo ela, sempre precisou de um “personagem” para interagir com outras pessoas.
“Eu sinto que precisava de um personagem para sociabilizar o tempo inteiro para me comunicar. Desde criança estou sempre sendo um bicho, ou sendo uma coisa, um super-herói, uma entidade para estar ali. É muito complicado ser eu. Lembro que falava, por exemplo, que era muito complicado eu cantar, se eu não tiver uma personagem. Olhar de frente para a plateia. Era muito complicado isso”, continuou ela.
Importância das redes sociais para reconectar com pessoas
Letícia seguiu o conselho de uma amiga que propôs que ela abrisse uma conta em uma rede social para reencontrar com amigos e interagir socialmente. Ela sentiu que estava “fora do tempo” antes de aderir a plataforma. Foi uma experiência transformadora para a artista.
“Eu era uma pessoa que não sabia o que fazer. Eu ficava isolada às vezes em casa. Aí chegou uma amiga e falou: ‘você precisa ter um Facebook’. Eu não tinha, não era dessa geração de mexer em computador. Eu nem tinha. Fui a última pessoa a ter celular. Aí ela abriu uma página no Facebook e eu encontrei um monte de amigo que eu não via, aí descobri onde eram as festas, comecei a me entrosar, aí tudo andou. Eu estava fora do tempo”, revelou Letícia.
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