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Guilherme e Benuto defendem o fim do ranking do Spotify e opinam sobre a máfia dos robôs

A dupla conversou com o portal LeoDias diretamente dos bastidores da gravação do DVD de Henry Freitas, em Fortaleza

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Guilherme & Benuto deu sua opinião sobre a máfia dos robôs do Spotify, exposta em primeira mão pelo portal LeoDias ao longo da última semana. Em entrevista exclusiva ao  titular deste portal, diretamente dos bastidores da gravação do DVD de Henry Freitas, em Fortaleza, a dupla abriu o jogo sobre o assunto e afirmou que defende o fim dos ranking. 
 

“O bicho tá pegando, o fogo está pegando no parquinho e ninguém está falando! Eu vou ser bem sincero, eu acho que merece uma atenção do mercado nisso, porque a música quando ela começa a ficar muito tecnológica e muito voltado em números, você perde o sentimento do negócio, porque é o seguinte, o Brasil tem mais de 220 milhões de habitantes, é um país gigante, quantos países cabem aqui dentro? Então assim, você classificar tantas culturas diferentes, tantos gostos diferentes em um ranking só é muito difícil, ainda mais quando existe um robô e esse tipo de coisa, então não condiz com a realidade”, iniciou Benuto.
 

“O que eu falo para o Gui no nosso negócio lá, o ranking do Spotify é importante para caralho, mas o que a gente tem que se basear pelo Spotify, mas também pelos shows, se a galera está cantando, se a galera está indo para o nosso show, se está cantando a sua música, isso sim é real”, completou o cantor. 

Segundo Guilherme, atualmente não é possivel mais saber o que está fazendo sucesso de verdade e o que não está. 

“O que está acontecendo é que estão perdendo a mão, você não sabe o que é mais verdade, aí você coloca a música de um cantor no seu repertório e você chega e a galera não está cantando e eu fico assim: ‘o que que está acontecendo?’”, disse Guilherme. 
 

Ainda em entrevista, Benuto contou que utiliza o ranking da plataforma de áudio, Spotify, para escolher músicas para o repertório da dupla nos shows, porém já aconteceu algumas vezes da música está bem posicionada no ranking e quando chega nos shows o público não conhecer a canção. 

“A gente, por exemplo, quando vamos montar o repertório a gente dá uma pesquisada, e aí é natural a gente falar: ‘qual o ranking vamos ver hoje?’, ‘vamos entrar no Spotify, vamos ver Top Brasil, vamos ver TOP 50, vamos dar uma estudada, vamos colocar essas músicas no show’. Mas já aconteceu uma vez ou outra da gente colocar uma música e a galera não cantar e isso já te acende uma lanterninha, mas eu acho que com toda a tecnologia que tem isso não deve durar muito tempo não”, contou. 
 

A dupla afirmou em entrevista ao portal LeoDias que, assim como outros artistas, também  defende o fim do ranking do Spotify e que essa seria a solução mais eficaz para o fim da máfia e que se a plataforma expusesse quem utiliza o robô, seria ainda mais eficaz o fim dos robôs. 
 

“Eu defendo o fim do ranking! Se o Spotify quiser resolver essa polêmica facinho é só tirar o ranking. Se ficar público aí já era, é um negócio que ninguém quer, mas todo mundo sabe que resolve. Se você pegar um cara e condenar ele na frente de todo mundo, ‘você fez isso e está condenado”, ninguém quer isso, mas a prática do mercado mudaria”, declarou Benuto. 

Ainda de acordo com Benuto, os robôs são apenas mais um monopólio que surgiu na música, assim como o dos rádios, o dos CDs piratas, entre outros. 
 

“Eu acho que isso vai surgindo de acordo com a época e com as tecnologias, já teve monopólio de rádio, de show, de CD pirata e isso é mais uma coisa que está surgindo agora e o mais importante de tudo é que os artistas tem que colocar suas opiniões sobre isso e eu estou dando minha opinião aqui. Sou contra o ranking, para mim pode tirar!”, afirmou o artista. 
 

Benuto ainda explica que a solução do problema também pode estar nas mãos da equipe de curadoria das plataformas de áudio, que são responsáveis em criar os rankings. 
 

“Eu vou dar o exemplo do Spotify, como a gente conhece as curadorias de outras formas, existem uma curadoria que faz uma pesquisa para colocar as músicas dentro das playlists principais, dentro do Spotify, dentro da Deezer, dentro de todas as plataformas, e eu acho que essas pessoas são o carro chefe, essas pessoas que decidem as músicas que estarão lá elas tem que analisar mais o que está sendo feito com a música, ‘Peraí então, deixa eu ver qual a música que vou colocar nessa playlist. Qual o histórico deste artista? Esse artista tem um histórico de acerto? Tem um histórico de investimento? Ele trabalha a música dele? Ele trabalha na rádio? Ele trabalha nas redes dele? ou ele está aqui quieto só apostando em números? Se quem faz a curadoria das playlists tiver um olhar mais macro do negócio,  isso vai influenciar diretamente no que as pessoas estão ouvindo”, finalizou Benuto.

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Leo Dias
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