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Segurança do Rock in Rio: empresa se posiciona, mas funcionários aumentam denúncias

A Segurpro enviou uma nota oficial para esclarecer detalhes sobre as denúncias, no entanto, novos casos foram expostos

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          Empresa oficial de segurança do Rock in Rio, a Segurpro informou que o número de vigilantes que desistiram do trabalho foi de 27 pessoas até o momento, e não 80, como apurou a reportagem do portal LeoDias. Em nota, a assessoria diz também que estão arcando com os custos de quem solicita ir embora.

          Enquanto a informação é atualizada, novos casos de desistências ocorrem nos bastidores do festival. Nas últimas horas, o ambulatório recebeu ao menos 15 funcionários com queixa de mal-estar, atribuindo a situação à alimentação servida.

          Veja as fotos

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          Cerca de 80 funcionários desistem do Rock in Rio e deixam alojamento sob duras críticas
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          Cerca de 80 funcionários desistem do Rock in Rio e deixam alojamento sob duras críticas
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          Cerca de 80 funcionários desistem do Rock in Rio e deixam alojamento sob duras críticas
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          Rock In Rio

          A Segurpro destaca que cerca de 2.000 profissionais estão em atividade no Rock in Rio, sendo a maioria de estados vizinhos como São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, conforme confirmado inicialmente pelo portal.

          Segundo a empresa: “A Segurpro oferece alojamento com 1.050 leitos, a maioria ocupada por profissionais de outros estados, além de alguns vigilantes do Rio de Janeiro, proporcionando mais comodidade a quem está trabalhando. Além dos vigilantes, a liderança da equipe, como gerentes, coordenadores, supervisores e equipe de back office, também está acomodada no alojamento.”

          Contudo, a discrepância entre o alojamento da equipe de gerência e o da massa trabalhadora é absurdamente grande.

          De um lado, os líderes desfrutam de ventiladores, ar-condicionado, iluminação, geladeiras, quartos privativos, banheiros separados e boas condições de alimentação.

          Do outro lado, os contratados enfrentam calor intenso, escuridão, falta de segurança básica com seus pertences pessoais e armários sem vigilância adequada. “Os armários têm carregadores, porém, nos três primeiros dias, tínhamos que ter sorte de achar uma tomada e vigiá-la para não sermos roubados”, contou um dos funcionários que divide espaço com mais 60 pessoas em seu setor.

          O café da manhã, almoço e jantar são servidos apenas uma vez, ou seja, não é possível repetir o prato. O funcionário só pode retirar a refeição com um ticket, e o café da tarde não é servido. “Foi prometido pra gente, no processo de seleção, que teria alimentação à vontade”, reclamou o mesmo trabalhador.

          Ainda na nota à imprensa, as informações são bem divergentes dos relatos. “O ambiente foi fiscalizado pelo Ministério Público do Trabalho e pelo Sindicato dos Vigilantes da Cidade do Rio de Janeiro e recebeu aprovação para funcionamento, por atender todos os pré-requisitos exigidos, incluindo leitos divididos entre masculinos e femininos, restaurante self-service, serviço de lavanderia e pequenos ajustes de costura, bem como área de descompressão com mesas de jogos para lazer nas horas vagas”, reforça a assessoria.

          Nas conversas com funcionários na noite deste sábado (22/09), eles acusam a empresa de oferecer uma calça e duas camisas para o uniforme, exigindo que as roupas sejam mantidas limpas, mas sem fornecer estrutura de lavanderia ou vigilância adequada para evitar furtos dentro do próprio alojamento.

          Relatos públicos no Instagram

          “Estou trabalhando no evento. Ontem, tive minhas coisas furtadas numa sala onde só quem acessa é a supervisão. Trabalhei indignado e ainda sob pressão. Fiquei sem água e lanche até as 8 horas da manhã, sem contar o péssimo estado da comida e as condições oferecidas para trabalhar. Diversos colegas tiveram coisas furtadas, um verdadeiro pesadelo trabalhar numa empresa de segurança e vigilância que não oferece suporte”, relatou Júnior Abedi Oliveira no perfil do portal no Instagram.

          Elaine Cunha, também contratada pela empresa, desabafou: “Trabalhei na sexta-feira, dia 14, meu horário era das 10 horas às 22h […] No sábado, parei na UPA, pois passei mal com o almoço do alojamento. Estou com atestado, ligo e ninguém me atende, mando mensagem e ninguém responde”.

          “Infelizmente, é verdade! A situação aqui beira o amadorismo. Falta comida, falta água, uma estrutura absurda e insana para trabalhar”, disse Martins, também funcionário.

          Leia a nota na íntegra da empresa Segurpro:

          “A Segurpro, empresa oficial de segurança do Rock in Rio, vem a público esclarecer que a matéria publicada está incorreta. Não é verdade que a empresa tenha registrado 80 baixas de profissionais, como citado por este portal no dia 21 de setembro de 2024.

          O número de vigilantes que desistiram foi de 27, sendo que 21 são de outros estados e tiveram todos os custos pagos para retornarem às suas respectivas cidades, quando solicitado. No evento, atuam cerca de 2.000 profissionais, sendo a maioria da Grande Rio e de estados vizinhos como São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.

          A empresa oferece alojamento com 1.050 leitos, a maioria ocupada por profissionais de outros estados, além de alguns vigilantes do Rio de Janeiro, proporcionando mais comodidade a quem está trabalhando. Além dos vigilantes, a liderança da equipe, como gerentes, coordenadores, supervisores e equipe de back office, também está acomodada no alojamento.

          O ambiente foi fiscalizado pelo Ministério Público do Trabalho e pelo Sindicato dos Vigilantes da Cidade do Rio de Janeiro e recebeu aprovação para funcionamento, por atender todos os pré-requisitos exigidos, incluindo leitos divididos entre masculinos e femininos, restaurante self-service, serviço de lavanderia e pequenos ajustes de costura, bem como área de descompressão com mesas de jogos para lazer nas horas vagas.”

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