Caso Rafael Miguel: Advogado de Paulo Cupertino explica motivo de demissão durante julgamento
Paulo Cupertino iria a júri popular no último dia 10 de outubro, mas o julgamento precisou ser adiado após ele demitir seu advogado de defesa
Demitido por Paulo Cupertino Matias durante julgamento pelo assassinato do ator Rafael Miguel e dos pais do jovem – crime ocorrido em 2019 na zona Sul de São Paulo – o advogado Alexander Neves Lopes revelou com exclusividade ao Metropoles, o que teria causado sua demissão.
De acordo com o advogado, Cupertino “queria ouvir o depoimento da Isabela, e isso gerou a grande explosão”.
A filha de Cupertino, Isabela Tibcherani, namorada de Rafael Miguel na época do crime, solicitou à Justiça, juntamente com a mãe, Vanessa Tibcherani, para testemunhar contra o pai de forma virtual durante o júri popular ao qual ele seria submetido no último dia 10. No entanto, o pedido foi negado pelas autoridades, que deram como opção a retirada de Cupertino do plenário quando ambas fossem narrar o caso aos jurados. Esse teria sido o estopim da explosão de fúria do acusado.
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Na audiência, Isabela Tibcherani afirmou, mais de uma vez, que o pai era uma pessoa possessiva e que não aceitava o relacionamento dela com o ator, que ficou conhecido do grande público por compor o elenco da novela Chiquititas.
Vanessa, que manteve relacionamento com o acusado por mais de 20 anos, mudou de ideia no último instante, permitindo que Cupertino acompanhasse presencialmente o depoimento dela. Na ocasião, o réu vestia uma camisa azul clara, calça jeans, estava com os cabelos longos e revoltos, semelhantes aos que usava na ocasião do crime, e sem algemas.
Conforme Vanessa começou a falar, evitando mencionar o nome dele, Cupertino pareceu inquieto. “Acontece que ele começou a se alterar um pouco ali. Aí, o juiz determinou que fosse colocado novamente a algema nele”, afirmou Alexander ao Metrópoles. Com as mãos presas, ele ouviu Vanessa falar por cerca de uma hora e meia.
Assim que Vanessa concluiu o relato, Cupertino foi retirado do plenário, para que o júri ouvisse o depoimento da filha do acusado, que diferentemente da mãe, manteve a decisão de que o pai fosse mantido fora do recinto.
Ela contou que estava na garagem da casa da família quando o pai atirou 13 vezes contra Rafael e os pais dele, João Alcisio Miguel, de 52 anos, e Miriam Selma Miguel, de 50. O ator e os familiares foram até a residência de Isabela, em Pedreira, na zona sul, para falar com Cupertino sobre o namoro dos filhos, que não era aceito pelo pai da garota. À época do crime, Isabela tinha 18 anos, e Rafael, 22.
Enquanto Isabella falava, Cupertino começou a ficar agressivo na cela para onde foi levado. “Ele queria de qualquer maneira presenciar o depoimento da filha. Só que ela estava protegida pela lei”, afirmou ao Metrópoles o advogado Alexander Neves Lopes.
“Aí ele começou a se alterar [novamente], a gritar. Ele urinou, inclusive, onde se encontrava, na cela, e no meio dessa gritaria ele falou que não me queria como advogado. O juiz não pôde tomar outra atitude a não ser anular o julgamento, ou seja, dissolver o conselho de sentença”, acrescentou o agora ex-defensor.
O advogado ainda destacou que foi “pego de surpresa” com a conduta do réu.
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