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STJ desmente informação de que habeas corpus de Solange Alves foi concedido Irmã de Deolane acendeu alerta ao tentar sacar R$ 2 milhões em espécie, aponta investigação Irmã de Deolane, Dayanne Bezerra, foi presa há 11 anos por crime contra empresa bilionária
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Ex-cunhado de Deolane era envolvido com o PCC e máfia dos Bálcãs

Jamiriton Marchiori Calmon, conhecido como Jamir foi preso em 4 de setembro de 2017 enquanto dormia ao lado de Dayanne

        A irmã de Deolane Bezerra, a advogada Dayanne namorou com um traficante internacional ligado à facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) e com membros da máfia dos Bálcãs, no Leste Europeu, envolvidos no tráfico de cocaína escondida em contêineres de navios. O nome dele é Jamiriton Marchiori Calmon, conhecido como Jamir e foi preso em 4 de setembro de 2017, onde morava na Cidade Patriarca, zona leste de São Paulo. No momento da entrada da polícia no domicílio, ele dormia ao lado de Dayanne. Em 2021, ele foi condenado por tráfico e organização criminosa.

        O Metrópoles teve acesso à investigação da Polícia Federal contra o ex-cunhado de Deolane e descobriu que Dayanne não foi investigada na época, mas que conversas foram interceptadas e fotos do casal foram usadas no inquérito para confirmar informações. Os agentes de polícia ainda suspeitavam que ela e sua a mãe, Solange Alves, podem ter sido usadas como laranjas no crime.

        Veja as fotos

        Reprodução Metrópoles
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        Prisão e apreensão de bens de Jamir

        No dia da prisão do ex-namorado da irmã de Deolane, a polícia se deparou com a tentativa de ocultação de provas no momento que uma pessoa jogou talões de cheque e extratos bancários pela janela do banheiro, que dava para o teto da área de serviço do térreo. No entanto, a investida foi frustrada e os documentos apreendidos em seguida.

        No mesmo dia foi apreendido uma Mercedes-benz GLA 200 avaliada de R$ 134 mil, que estava no nome de Solange Bezerra, mãe de Dayanne e Deolane. Os agentes declararam que havia “fortes indícios de que o carro foi adquirido com proveito dos crimes de exportação de grande vulto de quantidade de cocaína”. Solange negou o envolvimento e tentou, sem sucesso, recuperar o carro na Justiça.

        E não para por aí. Em um automóvel da casa de Jamiriton foram encontrados 386 mil dólares em espécie. Ele alegou que era comerciante de eletrônicos, negou envolvimento com tráfico de drogas e garantiu que o dinheiro era “fruto do trabalho de toda vida”. Enquanto era algemado e conduzido pela equipe da PF, pediu para fazer uma ligação para uma advogada, sua cunhada na época, Deolane Bezerra.

        Envio de cocaína para a Europa

        O ex-namorado de Dayanne, Jamir, foi preso na investigação da PF que deteve outras 80 pessoas, chamada de Operação Brabo. O grupo criminoso que ele fazia parte era muito grande, dividido em núcleos e ele era responsável por enviar cocaína para o Leste Europeu, escondidas em contêineres de navios.

        De acordo com o documento do Ministério Público Federal (MPF), os compradores das drogas eram integrantes do PCC e estrangeiros ligados a grupos mafiosos fora do país.

        Na investigação, Jamiriton Marchiori Calmon foi acusado de ser o braço operacional do traficante Ronaldo Bernardo, o Roni, chefe da parte da organização responsável pela logística do embarque de cocaína nos navios, segundo a PF.

        A polícia interceptou uma chamada entre Jamir e Dayanne, onde ele falava que estava na praia com o “Gringo”. Esse material foi usado pelo órgão, entre outras evidências, para confirmar que naquele dia ele estava em Guarujá, São Paulo, ao lado do sérvio Tomislav Jovanovic, outro investigado pela PF.

        Tomislav e seu comparsa, o também sérvio Aleksandar Vucicevic, teriam vindo ao Brasil para comprar fardos de cocaína, mas a droga foi apreendida em março de 2017 em Valência, na Espanha.

        As conversas que o Metrópoles teve acesso através do processo criminal não exibiam se Dayanne sabia ou não dos supostos crimes do namorado da época.

         

        Jet ski no nome de laranja

        Os agentes da polícia analisaram fotos do casal compartilhadas no Facebook para confirmar que o ex-namorado de Dayanne era o proprietário de um jet ski, chamado de Espetado 13. A moto aquática estaria no nome de um laranja.

        Um trecho do documento confidencial do Grupo de Investigações Sensíveis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF afirmou: “Mais uma vez o investigado teria feito uso de laranjas para ocultar seus bens.”

        Em outro documento da investigação são citados quatro comprovantes de pagamento de IPVA e multas de uma motocicleta BMW usada pelo grupo criminoso. Na época, os investigadores se depararam com os pagamentos feitos da conta corrente de Dayanne. A motocicleta estava no nome de Roni.

        Família nega crimes

        Diante das notícias a respeito do suposto envolvimento de Solange com o tráfico de drogas, a filha dela, também advogada Daniele Bezerra, compartilhou um vídeo, chorando, negando tudo.

        “Eu estou vendo um monte de notícias, que estão saindo agora, ligando minha mãe a tráfico de drogas. Isso é um absurdo muito grande. Minha mãe está presa, inocente, e ainda saiu uma matéria falando uma coisa dessas, de tráfico de drogas. Pelo amor de Deus”, afirmou a irmã de Deolane.

        O Metrópoles entrou em contato com Dayanne e os advogados de Deolane, mas não obteve resposta até o momento. A mesma reportagem também tenta localizar os advogados de Jamir, Aleksandar, Tomislav e Ronaldo. O espaço segue aberto para esclarecimentos.

        Prisões de setembro

        Contados exatos sete anos depois da prisão de Jamir, em 4 de setembro, Solange e Deolane foram para cadeia preventivamente na Operação Integration que investiga crime de lavagem de dinheiro para empresas de apostas esportivas e jogo do bicho.

        Em nenhum momento a polícia citou ligação entre as duas na investigação. No entanto, o delegado à frente do último caso, Paulo Gustavo, mencionou sobre um suposto envolvimento de Solange com o tráfico de drogas no pedido das prisões. A acusação baseou-se na chamada mídia negativa, referindo-se a notícias e conteúdo nas redes sociais que associam a pessoa a atividades ilegais. Solange, assim como Dayanne, não chegou a ser investigada formalmente por tráfico pela PF.

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