“Minha filha não precisa de pai”: entenda a disputa entre o dono do Itaú e a ex
O processo, ao qual o portal LeoDias teve acesso, revela um embate marcado por acusações de descumprimento do acordo de convivência e mensagens hostis
O que começou como um casamento promissor entre Roberto Egydio Setubal, dono do banco Itaú, e a corretora de imóveis Daniela Alves Fagundes terminou em uma intensa disputa judicial pela guarda da filha do casal, Manuela, de apenas um ano e três meses. O processo, que tramita na 11ª Vara da Família e das Sucessões do Foro Central da Comarca da Capital de São Paulo e ao qual o portal LeoDias teve acesso, revela um embate marcado por acusações de descumprimento do acordo de convivência e mensagens hostis entre o ex-casal.
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Roberto e Daniela se casaram em 28 de novembro de 2020 sob o regime de separação total de bens. Em 7 de novembro de 2023, nasceu Manuela, fruto da relação. No entanto, poucos meses após o nascimento da filha, o casal decidiu se divorciar. O pedido de separação foi feito em janeiro de 2025 e tramitou de maneira consensual, resultando na homologação do divórcio em 27 de janeiro do mesmo ano.
No acordo homologado pela Justiça, ficou estabelecida a guarda compartilhada da filha, com um regime de convivência alternado entre os pais. Segundo o documento anexado ao processo, Roberto teria direito a visitas regulares durante a semana e finais de semana alternados, além da possibilidade de passar feriados e datas especiais com a filha. A expectativa era de que, com a decisão judicial, ambos seguissem o que foi determinado, garantindo a Manuela uma convivência equilibrada com o pai e a mãe.
Setúbal acusa ex de descumprir acordo
No entanto, segundo Roberto, Daniela começou a descumprir o acordo logo após a homologação. Ele alega que a ex-esposa passou a impedir ou dificultar os encontros entre ele e a filha, negando-se a entregar Manuela nos dias estabelecidos e enviando mensagens agressivas que sugerem uma tentativa deliberada de afastá-lo da vida da criança. Entre os trechos anexados ao processo, Daniela teria afirmado: “A Manu nunca será sua filha” e “Minha filha não precisa de pai”.
Além das mensagens, o pai relata episódios em que compareceu para buscar a filha e foi impedido de vê-la. Em um dos casos, ocorrido em 11 de fevereiro de 2025, Roberto chegou à residência de Daniela para exercer seu direito de visitação, mas foi barrado pelo porteiro, que informou que ele não poderia entrar no prédio. O documento do processo afirma que a decisão partiu de Daniela, que teria instruído os funcionários do edifício a negar o acesso do pai.
A situação se agravou no dia 18 de fevereiro, quando Daniela enviou um e-mail confirmando que Manuela passaria o fim de semana seguinte com Roberto. Horas depois, no entanto, voltou atrás e afirmou que não permitiria o encontro. Para Roberto, essa mudança repentina comprova o descumprimento do acordo e gera insegurança sobre seu direito de convivência com a filha.
Diante desses episódios, Roberto acionou a Justiça pedindo uma tutela de urgência para garantir o cumprimento do regime de convivência. No pedido, ele solicita que Daniela seja intimada a respeitar o acordo e sugere a aplicação de multa diária no valor de R$ 50 mil caso a ex-esposa continue descumprindo as determinações. Além disso, pede autorização para buscar a filha com o auxílio de um oficial de justiça, caso novos impedimentos ocorram.
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