Alexandre de Moraes prorroga por 60 dias inquérito da PF contra Eduardo Bolsonaro
Deputado é investigado por suposta tentativa de obter sanções dos EUA contra ministros do STF; caso envolve também Jair Bolsonaro, que admitiu financiar a estadia do filho no exterior

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou o pedido da Polícia Federal (PF) e prorrogou por 60 dias o inquérito que investiga o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A decisão, que foi publicada nessa segunda-feira (7/7), justifica-se pela necessidade de conclusão das “diligências ainda pendentes” no âmbito do caso.
A investigação foi aberta no final de maio, a partir de requerimento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou indícios de que Eduardo esteja atuado junto ao governo dos Estados Unidos (EUA) para obter sanções contra ministros do STF e outras autoridades brasileiras. Ele é suspeito de coação no curso do processo, obstrução de investigação sobre organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
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Os investigadores afirmam ainda que houve tentativas de intimidação de autoridades e interferência em processos relacionados ao ex‑presidente Jair Bolsonaro, no caso da trama golpista que está tramitando no STF.
O pedido de prorrogação feito pela PF foi encaminhado ao Supremo na última quinta-feira (3/7). Jair Bolsonaro já foi ouvido pela equipe responsável pela investigação do caso, já que financia a moradia do filho no exterior desde que Eduardo saiu do Brasil com a família, em março deste ano.
Em seu depoimento, o ex-presidente afirmou que já enviou R$ 2 milhões via PIX para Eduardo e sua família, alegando que o valor seria necessário para custear a estadia de todos em solo norte-americano. No despacho oficial, Moraes ressalta que as apurações ainda demandam novas ações, por isso a extensão do prazo, atendendo ao pedido da PF.
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