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Bloqueio de R$ 31,3 bilhões nas contas públicas: o que muda na vida do consumidor?

Medida do governo para tentar conter o crescimento das despesas não tem impacto tão grande a curto prazo; porém, pode afetar obras públicas, bolsas de estudo e serviços, aponta economista

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          O governo federal anunciou o bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento para tentar segurar o crescimento das despesas públicas e cumprir a meta fiscal deste ano. Mas, afinal, o que isso significa para o consumidor e como essa decisão pode afetar a economia dentro de casa? O economista Roberto Luis Troster afirmou ao portal LeoDias que a medida funciona como um “balde de água fria” para conter o ritmo dos gastos.

          Segundo o especialista, em vez de cortar de vez o dinheiro, o governo congela parte das despesas por enquanto, adiando algumas decisões de investimento e gasto para ver se as contas melhoram, seja com aumento de receitas ou redução de despesas. “É um bloqueio, não um corte. Ele vai bloqueando enquanto ele não estiver cumprindo a meta. Se durar mais, aí sim será um corte”, explicou Troster.

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          Reprodução: Arquivo pessoal
          Professor e economista Roberto Luis TrosterReprodução: Arquivo pessoal
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          Fernando Haddad e Simone Tebet apresentam Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do Governo FederalReprodução: YouTube
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          Presidente Lula e Ministro da Fazenda, Fernando HaddadFoto: Wilton Júnior/Estadão
          Foto: EBC/Arquivo
          "É um bloqueio, não um corte. Ele vai bloqueando enquanto ele não estiver cumprindo a meta. Se durar mais, aí sim será um corte", explicou TrosterFoto: EBC/Arquivo

          A razão principal para esse bloqueio é para cumprir a meta fiscal, como afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Conforme Troster, as despesas estão crescendo rapidamente no país e, por isso, tudo o que não for urgente é bloqueado, a fim de cumprir regras. Além disso, o economista aponta que bloqueios como este tentam preservar o atendimento à população e atuar em investimentos com pouco efeito, como prorrogação de prazo de obras, verbas para CAPS, bolsas de estudo e pesquisa ou programas de fomento.

          Na prática, o impacto no dia a dia das famílias tende a ser limitado, pelo menos no curto prazo. Segundo Troster, o governo geralmente preserva os serviços essenciais, como o pagamento de salários, aposentadorias e programas sociais, como o Bolsa Família. Porém, o efeito imediato pode ser sentido de forma indireta: obras de infraestrutura que demoram mais para terminar, redução de verbas para pesquisa e, eventualmente, serviços públicos com menor qualidade. “Mas não é um impacto tão grande”, tranquilizou o economista.

          Por enquanto, a conta não chega diretamente na casa do brasileiro, mas Troster alerta que essa estratégia não resolve o problema a fundo. “Eu diria que o impacto é pequeno, mas poderia ter um efeito maior se começasse a discutir as despesas obrigatórias e uma série de medidas para mudar a tendência. Se não, estamos jogando um pouco de água fria na fervura”, disse o economista.

          O bloqueio, portanto, como analisado por Troster, é mais uma tentativa de sinalizar ao mercado que o governo está tentando equilibrar as contas, sem um impacto direto e imediato no bolso da população.

          Mas, ele ressaltou que, para o país crescer de forma sustentável, será preciso ir além e discutir medidas mais estruturais, como mudanças em despesas obrigatórias e novos caminhos para a arrecadação. “Faria muito mais se começasse a revisar os gastos, a revisar as despesas obrigatórias, a tributar a renda fixa, já que o juro está tão alto… Quer dizer, você tem medidas que podem ser tomadas, mas a timidez é algo que não é compatível com o quadro econômico e financeiro que o país tem agora”.

          Conforme a equipe econômica do governo, os cortes afetam R$ 24 bilhões em despesas dos ministérios e R$ 7 bilhões em emendas parlamentares. O Ministério da Educação (MEC) foi poupado, enquanto outros, como o da Saúde, sofreram reduções significativas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, justificou as medidas pelo aumento de gastos obrigatórios e queda na arrecadação, destacando que o monitoramento orçamentário é contínuo e ajustes podem ser feitos de acordo com a evolução da economia.

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