Bolsa de valores brasileira rompe a marca dos 141 mil pontos pela 1ª vez
Com apoio de fatores internos e externos, Bolsa de Valores brasileira atinge novo recorde; já dólar avança em meio a incertezas fiscais nos EUA

O principal índice da Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa, encerrou esta sexta-feira (4/7) em alta de 0,24%, alcançando os 141.263 pontos; a maior pontuação de fechamento da história. No mesmo dia, o dólar comercial avançou 0,36% e foi cotado a R$ 5,4242.
O desempenho da Bolsa reflete uma combinação de fatores: a melhora nas perspectivas da economia global, especialmente nos EUA e na China, e os desdobramentos políticos no Brasil, como a suspensão do aumento do IOF determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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A semana foi positiva para o Ibovespa, que acumulou valorização de 3,21%, revertendo perdas recentes. Analistas apontam que dados robustos de emprego nos Estados Unidos impulsionaram o otimismo sem elevar a pressão inflacionária, o que abre espaço para uma possível redução de juros pelo banco central americano, o Federal Reserve Bank (Fed), ainda este ano. Isso favorece o fluxo de capital para mercados emergentes como o Brasil.
Internamente, a economia brasileira também tem mostrado sinais de resiliência. O crescimento puxado pela agropecuária e pelo setor de serviços no primeiro trimestre sustentou o otimismo dos investidores.
Outro elemento relevante foi a decisão do STF que suspendeu temporariamente tanto o decreto do governo que elevava o IOF quanto a decisão do Congresso que o revogava. Moraes ainda convocou uma audiência de conciliação entre os Poderes para o dia 15 de julho, o que foi interpretado pelo mercado como um gesto de estabilidade institucional.
Enquanto isso, o dólar retomou alta após atingir na véspera seu menor nível em mais de um ano. A moeda americana acumulou queda de 1,08% na semana.
No plano internacional, as atenções também se voltam para o pacote econômico aprovado pelo Congresso norte-americano, que reduz impostos, amplia os gastos com defesa e promete pressionar ainda mais o déficit público do país. O Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA estima um impacto de US$3,3 trilhões na dívida americana nos próximos dez anos.
As tensões comerciais também pesam. O presidente Donald Trump declarou que começará a enviar cartas a nações parceiras com novas tarifas sobre exportações para os Estados Unidos, que podem chegar a até 70%. A medida, caso confirmada, pode alimentar pressões inflacionárias e dificultar a condução da política monetária pelo Fed.
Com a agenda da próxima semana cheia de indicadores, como o IPCA no Brasil e a ata do Fed nos EUA, os investidores devem seguir atentos ao comportamento da inflação e aos sinais sobre os rumos das taxas de juros.
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