Câmara e Senado ficarão sob obstrução após prisão de Bolsonaro; entenda
Decisão foi tomada após anúncio do “pacote da paz”, em coletiva na manhã desta terça-feira (5/8)
Após a decisão do senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ) de promover uma série de matérias classificadas como “pacote da paz”, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal anunciaram que vão obstruir as votações até que tais medidas sejam colocadas em pauta. O anúncio vem de encontro com a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Na manhã desta terça-feira (5/8), na frente do Congresso Nacional, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, compartilhou a notícia. A obstrução é um tipo de “greve” feita por um grupo de parlamentares, que se reúnem para impedir votações nos plenários e nas comissões.
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“Nós vamos, a partir de agora, com a liderança do líder Zucco na oposição, entrar em obstrução total na Câmara. Segundo informações, também no Senado. Não vamos recuar enquanto não houver caminhos para a pacificação”, declarou o deputado federal.
Tal medida pode atrapalhar votações importantes da base governista, dentre elas a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, a Medida Provisória que cria a tarifa social da energia elétrica e a Proposta de Emenda à Constituição da segurança pública.
Após o anúncio, deputados se dirigiram à Câmara dos Deputados e participaram das sessões com uma faixa na boca, em protesto à prisão do ex-mandatário.
Além disso, segundo parlamentares, a decisão de Moraes foi feita sem “razão jurídica” e o magistrado estaria atuando de forma monocrática e individual. Para Flávio Bolsonaro, o ministro tomou tal atitude para “se vingar” do pai.
De acordo com a decisão de Moraes, a qual o portal LeoDias teve acesso, a prisão foi decretada porque Bolsonaro teria descumprido medidas cautelares, como o uso de redes sociais por terceiros para promovê-lo. Bolsonaro agora deve ficar preso em casa; não receber visitas, a menos que seja de familiares próximos e advogados; e não ter acesso a celulares em sua casa, em Brasília.
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