Estados Unidos acusa Moraes de censurar Bolsonaro
Departamento de Estado critica ministro do STF, e gestão Trump promete medidas após acusações de “perseguição política”

A crise entre Brasil e Estados Unidos ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (24/7). O subsecretário de Diplomacia Pública dos EUA, Darren Beattie, declarou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seria o “coração pulsante” de uma “rede de censura e perseguição” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A fala foi publicada no X e posteriormente reforçada pela embaixada norte-americana em Brasília.
Beattie, que integra o Departamento de Estado, comparou a atuação de Moraes a uma “ameaça à liberdade de expressão”, alegando que as medidas impostas contra Bolsonaro também repercutem em território americano. O diplomata afirmou que o governo do presidente Donald Trump e o secretário de Estado, Marco Rubio, estão “monitorando a situação e tomando providências”.
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A manifestação ocorreu poucas horas depois de Moraes advertir a defesa de Bolsonaro sobre o descumprimento de restrições judiciais, como a proibição de uso de redes sociais, mas decidir não decretar prisão preventiva. Desde a semana passada, o ministro determinou medidas como tornozeleira eletrônica, toque de recolher e suspensão de acesso às plataformas digitais, alegando risco de coação de testemunhas, obstrução de Justiça e ameaça à soberania nacional.
Em uma ação paralela, Marco Rubio anunciou a revogação dos vistos de Moraes e outros ministros do STF, em um gesto considerado inédito e hostil pelo governo brasileiro. A medida, somada à tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que entra em vigor em 1º de agosto, é vista pelo Palácio do Planalto como uma retaliação política ligada ao julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe.
No documento divulgado hoje, Moraes mencionou que Bolsonaro teria agido em coordenação com seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP), para mobilizar redes sociais e influenciar chefes de Estado estrangeiros contra o STF.
Até o momento, o Itamaraty não se pronunciou sobre as acusações. O governo Lula, em ocasiões anteriores, já declarou que as decisões do STF são prerrogativas constitucionais e que interferências externas ferem normas diplomáticas internacionais.
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