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Ex-comandante da FAB afirmou que general avisou Bolsonaro sobre prisão

Depoimento do tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior foi feito no dia 21 de maio e STF autorizou que gravação se tornasse pública nesta terça-feira (3/6)

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          O tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, que liderou a Força Aérea Brasileira (FAB) no final do governo Bolsonaro, revelou em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o general Freire Gomes, então chefe do Exército, alertou o ex-presidente de que ele poderia ser preso caso tentasse seguir com planos de ruptura democrática. Segundo Baptista, a advertência foi feita de forma serena, porém direta.

          A conversa teria ocorrido durante uma reunião no Palácio da Alvorada logo após o segundo turno das eleições de 2022. No encontro, segundo Baptista Junior, foram discutidas possibilidades de usar mecanismos previstos na Constituição para justificar medidas de exceção, sem base legal ou respaldo institucional. Baptista Junior afirmou que os chefes das Forças Armadas analisaram cenários que poderiam representar ameaça ao regime democrático.

          Veja as fotos

          Foto: Roque de Sá/Agência Senado
          Tnente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior foi ouvido em audiência nesta quarta-feira (21/5) no STFFoto: Roque de Sá/Agência Senado
          Foto: Isac Nóbrega/PR
          Tnente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior foi ouvido em audiência nesta quarta-feira (21/5) no STFFoto: Isac Nóbrega/PR
          Reprodução: Instagram
          Jair Messias BolsonaroReprodução: Instagram
          Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
          Fachada do STF em BrasíliaFabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

          “Na conjuntura, em momento algum o presidente Jair Bolsonaro colocou dessa forma que objetivava um golpe de estado. […] Não foi em resposta a uma colocação que o presidente daria um golpe, mas foi no âmbito dessa discussão, de possíveis estados de exceção tem os pressupostos necessários para que eles sejam feitos”, relatou o brigadeiro. Ele destacou ainda que o general foi claro, mas respeitoso, e que a fala expressava desacordo com qualquer intenção de golpe.

          A gravação do depoimento prestado por Baptista Junior foi feita em 21 de maio, mas foi divulgada apenas nesta terça-feira (3/6) por decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura a tentativa de golpe. Durante a oitiva, o ministro Luiz Fux perguntou diretamente sobre o momento do alerta de prisão. Baptista confirmou: “Durante as discussões, como eu disse, a partir do dia 11, dia 14 [de novembro] nós começamos a imaginar que os objetivos políticos de uma medida de exceção não eram para garantir a paz social até o dia 1º de janeiro”.

          O depoimento é mais um dos elementos que sustentam a investigação em curso no STF sobre os atos golpistas e articulações feitas por membros do governo Bolsonaro após a derrota nas urnas.

          Inicialmente, os depoimentos relacionados à suposta tentativa de golpe de Estado em 2022 foram mantidos sob sigilo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para preservar o andamento das investigações e os direitos dos envolvidos. Porém, em março de 2024, o ministro Alexandre de Moraes decidiu levantar o sigilo desses depoimentos. A decisão foi motivada pela divulgação de informações incompletas na imprensa, o que poderia comprometer a compreensão pública dos fatos e prejudicar a integridade do processo judicial.

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