“Foi um sequestro do parlamento”, afirma Lindbergh sobre ocupação no Congresso Nacional
Para o líder do PT na Câmara, oposição tenta paralisar Congresso para blindar Bolsonaro dos julgamentos no Supremo e atacar instituições

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), classificou como “inaceitável” a ocupação dos plenários por parlamentares da oposição nesta terça-feira (5/8). Em coletiva de imprensa no Congresso, o deputado afirmou que o ato representa uma “continuidade da tentativa de golpe e um novo ataque às instituições democráticas do país”.
“O que está acontecendo hoje, aqui no parlamento, é inaceitável. Ninguém pode parar, pela força, a atividade parlamentar, os trabalhos legislativos. É uma continuidade desse processo de golpe. Isso é mais que um ataque às instituições”, declarou Lindbergh, ao comparar a ação à invasão de 8 de janeiro de 2023.
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O petista avaliou ainda que o movimento da oposição tem como principal objetivo “livrar a cara de Bolsonaro” e forçar a votação de pautas que considera inconstitucionais e antidemocráticas, como a anistia aos envolvidos nos atos golpistas e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF): “Hoje disseram: ‘anistia!’. Se esse parlamento vota a anistia depois de toda essa chantagem, é uma desmoralização”, afirmou. “Outro ponto de pauta deles é o impeachment do Alexandre de Moraes, é o foro privilegiado. Essa não é nossa pauta. Nossa pauta é a vida do povo”.
Durante a coletiva, o líder do PT ainda voltou a pedir providências contra parlamentares envolvidos em atos antidemocráticos e aliados de Jair Bolsonaro, citando diretamente os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP). Zambelli está presa na Itália e, mesmo assim, permanece com mandato ativo e remuneração, assim como Eduardo, alvo de investigações e atual residente dos Estados Unidos (EUA).
Lindbergh informou ainda que entrou em contato com o presidente em exercício da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que estaria retornando a Brasília após participar de um evento com o ministro Alexandre Padilha na Paraíba. O petista disse que é responsabilidade da presidência da Casa “restabelecer o controle e a ordem”:
“A palavra para definir o que houve hoje aqui foi um sequestro, da mesa e do parlamento. Foi um atentado grave, e nós não podemos subestimar o que está acontecendo hoje. É um ataque violento ao parlamento, todas as instituições estão sendo ameaçadas”, alertou.
Por fim, Lindbergh defendeu que todos os parlamentares que ocuparam a mesa diretora da Câmara nesta terça sejam responsabilizados no Conselho de Ética. “Cada um dos deputados que ocuparam a mesa dessa forma autoritária podem, e vão, ser responsabilizados. Isso não vamos aceitar”, concluiu.
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